Candidato da UP para a disputa eleitoral pela prefeitura de São Paulo, Ricardo Senese foi sabatinado no programa Três por Quatro, do Brasil de Fato, nesta quinta-feira (29), e disse que seu partido, hoje, disputa espaço apenas com a extrema direita nas periferias da cidade.
“Nós não queremos demarcar dentro do nosso campo, queremos chamar a atenção e fazer um trabalho popular nas periferias. Nós temos visto na periferia no ano inteiro a Unidade Popular fazendo porta a porta e as candidaturas de extrema direita fazendo um trabalho político-ideológico”, afirmou Senese.
Na entrevista, o prefeitável criticou a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) e explicou porque seu partido decidiu não formar uma aliança com os psolistas no primeiro turno: o motivo, assim como nas eleições de 2020, foi a incorporação de Marta Suplicy (PT) à chapa, ato que confirmou e formalizou a aliança do PT com o PSOL em São Paulo.
“Se olharmos o que é a chapa, trazendo a Marta (Suplicy), que foi uma pessoa que votou pelo impeachment [da presidenta Dilma Rousseff] e fez todo um movimento à direita, é pra ir ao centro, não é para reivindicar as bandeiras históricas da classe trabalhadora.”
Segundo Senese, as diferenças entre a candidatura do PSOL e da UP passam pelo “entendimento que a situação que vivemos hoje precisa ter uma organização classista e rebelde que lute contra o fascismo. Inclusive, temos feito muitas ações nesse sentido.”
Confira a sabatina na íntegra:
A sabatina com o candidato da UP foi a segunda da série organizada pelo Brasil de Fato com candidatos à prefeitura da capital paulista. Altino Prazeres, do PSTU, foi o primeiro a participar. Na próxima quarta-feira (4), Guilherme Boulos será o entrevistado.
Edição: Felipe Mendes