Paris 2024

'Brasil está investindo na base', diz especialista sobre sucesso de estreantes nas Paralimpíadas

Apesar da pouca visibilidade, esporte para pessoas com deficiência cresce com atletas fora do eixo Rio-São Paulo

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Alana Maldonado conquistou o primeiro ouro do Brasil no judô nas Paralímpiadas de 2024. - Julien de Rosa / AFP

A judoca Brenda de Freitas conquistou a medalha de prata no judô até 70kg na classe J1. O segundo lugar no combate destinado a atletas cegos totais ou com pouca percepção de luz ocorreu nesta sexta-feira (6) e foi marcado pela interferência da arbitragem de vídeo, que retirou um golpe da brasileira após revisão. Mais tarde, Alana Maldonado conquistou o primeiro ouro do Brasil no esporte, na categoria até 70kg, classe J2, para atletas com deficiência visual. 

Entre outras medalhas do dia está a de ouro de Talisson Glock, nos 400m livre da classe S6 na natação. Na mesma modalidade, Gabriel Bandeira conquistou a prata nos 100m costas da classe S14. No halterofilismo na categoria 67kg, Maria de Fátima ficou com o bronze. Com isso, o Brasil segue entre os oito países com mais medalhas nas Paralimpíadas de 2024

Para analisar a participação do Brasil na competição, o Central do Brasil desta sexta-feira conversou com Luciane Tonon, jornalista e doutora em Ciências do Esporte pela Universidade de São Paulo (USP). 

"A gente está muito feliz com a performance dos brasileiros classificados para as finais na canoagem, nos mantendo no top oito. A gente vê o sucesso dos estreantes, são 88 novos atletas, e isso significa que o Brasil está investindo na base, está buscando referências fora do eixo Rio-São Paulo, isso tudo é resultado de uma política pública", disse.

Ela lamentou o fato do evento não ser transmitido na TV aberta. "A gente gostaria que o esporte paralímpico também tivesse os mesmos olhos que o olímpico tem. Essas barreiras atitudinais são grandes ainda por serem vencidas, principalmente pelo apoio da mídia, dos canais abertos, infelizmente, porque o esporte paralímpico tem brilhado aqui em Paris. Aonde eu ando, a gente veste esta camisa amarela e todo mundo reconhece que é do Brasil, todo mundo vem parabenizar. Eu acho que ainda falta para o Brasil tomar isso para si, porque os brasileiros querem ver e muitos não têm como."

Neste sábado (7), o Brasil participa dos campeonatos no ciclismo, natação, atletismo, futebol, halterofilismo, hipismo e vôlei sentado. As competições estão sendo transmitidas pelo canal de YouTube do Jogos Paralímpicos.

A entrevista completa, feita pela apresentadora Luana Ibelli, está disponível na edição desta sexta-feira (6) do Central do Brasil, que está disponível no canal do Brasil de Fato no YouTube.

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Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. O programa é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e por emissoras parceiras.

Edição: Thalita Pires