A corrida eleitoral pela prefeitura de Florianópolis (SC) aponta para uma liderança de Topázio Neto (PSD), que poderia vencer já no primeiro turno, segundo pesquisa do Instituto Veritá divulgada na última sexta-feira (6).
Topázio é o atual prefeito da cidade e aparece com 55,48% das intenções de voto. Ele é seguido pelo candidato Marquito (Psol), que tem 15,93%, e por Dário Berger (PSDB), com 13,89%. Devido à margem de erro de 3,5 pontos, Marquito e Dário estão tecnicamente empatados. Depois deles, estão os candidatos Lela (PT), com 8,92%, e Pedrão (PP), com 5,76% das intenções de voto. Nessa pesquisa, o Instituto Veritá entrevistou 1.010 pessoas entre os dias 22 e 31 de agosto.
A disputa na capital de Santa Catarina foi tema de análise no Central do Brasil desta quinta-feira (12). Para a jornalista Elaine Tavares, a vantagem de Topázio é resultado de uma estratégia bem sucedida de propaganda, especialmente nas redes sociais. Ele era vice de Gean Loureiro, assumindo o cargo quando o então prefeito deixou o posto em março de 2022 para disputar o governo do estado.
"Nesse período em que [Topázio] ficou de prefeito, ele iniciou um processo muito agressivo de propaganda política nas redes sociais, que é a nova arena onde se dá o grande embate político hoje no nosso país. Ele é conhecido aqui como 'prefeito TikTok' por fazer videozinhos engraçados mostrando as maravilhas e as peculiaridades da cidade de Florianópolis. Não tem uma discussão sobre os problemas da cidade, é só propaganda", explica Tavares.
A jornalista também aponta a força da direita no estado, e a desarticulação da esquerda, como um ponto de destaque da disputa:
"Existem algumas críticas em relação ao PT, que poderia ter se aliado e saído como vice de Marquito. Não aceitaram fazer essas negociações e, com isso, a esquerda sai dividida, enquanto a direita vem com toda essa força, principalmente do Topázio, e do Dário Berger. Então a gente tem a possibilidade de ter uma disputa de segundo turno com dois candidatos de direita".
Tavares ainda aponta dois temas recorrentes nas campanhas eleitorais na cidade, mas que continuam sem solução: mobilidade urbana e saúde.
"Não há uma proposta para um transporte coletivo de qualidade; a cidade tem apostado ao longo dos anos no transporte particular. Florianópolis tem o maior número de carros por pessoa no Brasil, enquanto temos 200 mil, 300 mil pessoas que usam o transporte coletivo e que ficam esquecidas nesse debate. Na saúde, os postos não têm equipes, então é aquele negócio de ficar até três, quatro horas da manhã para conseguir uma ficha. Isso é um grande drama para a população de Florianópolis."
A entrevista completa, feita pela apresentadora Luana Ibelli, está disponível no YouTube do Brasil de Fato.
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O Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. O programa é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e por emissoras parceiras.
Edição: Martina Medina