José Luiz Datena (PSDB), candidato à Prefeitura de São Paulo, apresentou uma notícia-crime à Justiça eleitoral do estado paulista contra o seu adversário Pablo Marçal (PRTB) na madrugada desta terça-feira (17) por injúria e difamação.
Na notícia-crime, que nada mais é que o fato criminoso levado a conhecimento da autoridade competente para investigá-lo, a defesa do apresentador de televisão pede que o Ministério Público Eleitoral (MPE) seja notificado, para que se ofereça uma denúncia contra Marçal.
No documento, os advogados afirmam que o ex-coach ofendeu "a honra e a imagem" de Datena ao chamá-lo de assediador sexual e utilizar a palavra "estuprador" para se referir ao candidato do PSDB, durante o debate da TV Cultura deste domingo (15). Após ser acusado, o apresentador golpeou Marçal com uma cadeira.
"Homem é homem, mulher é mulher, estuprador é diferente, né?", disse Marçal, citando um trecho da música dos Racionais MC's. "Eu quero saber se você tocou na vagina dela. Como é que foi essa questão de assédio sexual?", questionou o ex-coach.
Em sua defesa, Datena afirmou que a Justiça arquivou o caso em questão por falta de provas e que a mulher que o acusou se retratou publicamente e em cartório. "Foi uma acusação em que a polícia não viu provas nenhuma. A pessoa que me acusou se retratou publicamente e em cartório, pediu desculpas para mim e para minha família", disse. Ele afirmou ainda que as acusações contribuíram para morte de sua sogra "por calúnia e difamação, depois de três AVC’s [Acidente Vascular Cerebral]".
Na notícia-crime, a defesa afirma que Marçal "pensa que está acima do bem e do mal", "ofende, xinga, desrespeita sem qualquer freio moral ou social" e "agride os demais candidatos irresponsavelmente, sem medir as consequências de seus atos e palavras".
Também disse que o nome do PRTB "escandaliza pela vulgaridade, pelo xingamento. Ataca gratuitamente seus adversários, e assim os eleitores e a própria democracia. Pablo Marçal precisa de um freio. Ele precisa entender que seus atos têm consequências legais. A conduta de Pablo Marçal é manifestamente ilegal, ardilosa, politiqueira e mesquinha, e deve ser banida pela Justiça Eleitoral".
O Brasil de Fato questionou a assessoria de Marçal sobre a notícia-crime apresentada à Justiça, mas não teve nenhum retorno. Assim que houver, a reportagem será atualizada.
Edição: Martina Medina