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Quaest: voto evangélico alavanca campanhas bolsonaristas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife

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Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro, ex-primeira dama e ex-presidente do Brasil, durante culto na Assembleia de Deus - Foto: Reprodução Youtube
Em SP, Boulos dispara entre eleitores sem religião e católicos, mas despenca com evangélicos

As pesquisas divulgadas pela Quaest, nesta quarta-feira (18), em Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE) e São Paulo (SP) mostram que o voto evangélico alavanca as candidaturas bolsonaristas nas quatro capitais.

Em Belo Horizonte, Bruno Engler (PL), bolsonarista de primeira fileira, aparece com 20% das intenções de voto entre os evangélicos, 1% a mais que na pesquisa da Quaest de 11 de setembro. Entre os católicos, o candidato de extrema direita soma 17% e com eleitores que manifestam outra religião ou nenhuma, ele tem 16%.

Na contramão do bolsonarista, Duda Salabert (PDT) lidera o levantamento da Quaest entre as pessoas que dizem não ter religião ou que seguem outras, que não a católica e a evangélica, com 22% das intenções de voto. Mauro Tramonte (Republicanos), que está à frente em números gerais, soma 20% nesse extrato.

No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) caminha tranquilo para a reeleição, liderando todas as pesquisas eleitorais. Porém, na pesquisa Quaest desta quarta-feira, o único cenário em que o atual prefeito não venceria no primeiro turno é no voto entre os evangélicos.

No cenário geral, Paes soma 57% das intenções de voto. Entre católicos, eleitores com outra religião ou nenhuma, esse índice sobe para 61%. Porém, entre os evangélicos o atual prefeito despenca para 45%, o que impediria sua reeleição em primeiro turno.

Alexandre Ramagem (PL), candidato bolsonarista na capital fluminense, soma apenas 9% das intenções de voto entre pessoas que dizem não possuir religião. Já 22% dos católicos votariam nele e 25% dos evangélicos afirmaram que preferem o candidato da extrema direita governando o Rio de Janeiro.

Em Recife, João Campos (PSB) tem uma caminhada ainda mais tranquila rumo à reeleição, o levantamento da Quaest desta quarta-feira o coloca em primeiro, com 77% das intenções de voto, seguido pelo bolsonarista Gilson Machado (PL), que tem 8%.

Porém, entre os evangélicos, Campos cai para 74% e Machado salta aos 13%. Com o eleitorado católico, o atual prefeito soma 81% e o bolsonarista, apenas 6%.

Na capital paulista, talvez esteja o cenário onde o voto evangélico se coloca em maior contraposição às demais manifestações de fé. Entre os evangélicos, Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) dividem a liderança, com 30% e 29% das intenções de voto, respectivamente. Guilherme Boulos (Psol) aparece em terceiro, com apenas 10%.

Nunes e Boulos lideram a corrida eleitoral pela prefeitura de São Paulo, com 26%, entre os católicos. Marçal soma 15% em terceiro, empatado tecnicamente, na margem de erro, com José Luiz Datena (PSDB), que tem 12%.

Entre os eleitores que não manifestaram sua religião ou disseram que pertencem a outras, Boulos lidera isoladamente, com 29% das intenções de voto. Marçal e Nunes estão empatados tecnicamente, na margem de erro, com 20% e 16%, respectivamente.

Edição: Martina Medina