Assédio Eleitoral

Sindicato acusa Prefeitura de Curitiba de distribuir crachás com referência à campanha de Pimentel

Segundo denúncia, ação pode ser caracterizado como abuso de poder político e econômico

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Novos crachás distribuídos para servidores teriam cores e marcas semelhantes à campanha eleitoral do candidato apoiado pelo atual prefeito de Curitiba - Divulgação SISMUC

O Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) denunciou que novos crachás recebidos pelos servidores e servidoras de saúde nesta segunda-feira (23) fazem referência à campanha de Eduardo Pimentel (PSDB). Ele é atual vice-prefeito da capital paranaense e candidato apoiado pelo prefeito Rafael Greca nestas eleições. 

Em suas mídias sociais, o sindicato apontou semelhanças entre cores, formatos e fontes da campanha do sucessor do atual prefeito e aquelas estampadas no crachá, em uma estratégia deliberada por parte da Prefeitura de Curitiba em relacionar os novos materiais com a campanha de Pimentel.

"Reforçamos que usar dessa artimanha ardilosa é subestimar a inteligência e integridade dos servidores municipais de Curitiba. Se for constatada tal irregularidade, vale destacar que, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), essa prática é criminosa", diz nota do Sismuc. "Utilizar recursos públicos ou pressionar servidores para aderirem à campanha de qualquer candidato configura assédio eleitoral, passível de punição conforme a legislação vigente."

Para os dirigentes do sindicato, "esse uso indevido da administração pública em favor de determinado candidato, o que pode ser caracterizado como abuso de poder político e econômico, além de improbidade administrativa dos gestores municipais criadores da propaganda irregular e daqueles que se tornam solidários com ela, por ação ou omissão."

É possível denunciar práticas de assédio eleitoral à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público pela internet, diretamente na Coordenadoria das Promotorias de Justiça Eleitorais e por meio de um formulário online

A redação do Brasil de Fato Paraná entrou em contato com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mas, até o fechamento da edição, não recebeu resposta. 

Fonte: BdF Paraná

Edição: Ana Carolina Caldas e Martina Medina