Corrida

Em reta final de campanha, Boulos caminha com Lula em SP para aumentar conversão de votos

Parte dos eleitores que votaram no petista em 2022 tem a intenção de optar por Ricardo Nunes agora

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O apoio de Lula é uma das estratégias centrais eleitorais de Boulos para atingir o eleitorado da periferia - Ricardo Stuckert/PR

No próximo sábado (5), o candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol) faz uma caminhada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na avenida Paulista, por volta das 9h. Essa é a segunda vez que o petista vem para São Paulo para uma agenda de campanha de Boulos. A primeira foi em 24 de agosto, em uma praça no Campo Limpo, na Zona Sul da capital. 

O apoio de Lula é uma das estratégias centrais eleitorais de Boulos, quando não a principal, para atingir o eleitorado da periferia, onde o presidente ganhou na eleição de 2022. O candidato busca atingir, principalmente, os eleitores da chamada periferia consolidada, aonde a esquerda vem, eleição a eleição, perdendo espaço para candidatos da direita.  

Nessa região, onde vivem predominantemente paulistanos da faixa C de renda, Boulos e Ricardo Nunes (MDB) estão tecnicamente empatados no percentual de intenções de votos, dada a margem de erro de dois pontos percentuais.  

De acordo com a Quaest do dia 24 de setembro, o psolista tem 25% e o atual prefeito, 24%. Pablo Marçal (PRTB), que também mira os eleitores da região, tem 21% entre os eleitores que ganham de três a sete salários mínimos.

São considerados brasileiros dentro da faixa C de renda aqueles que ganham entre dois e cinco salários mínimos. Na mesma linha, dos eleitores que votaram em Lula no segundo turno das eleições de 2022, 48% têm a intenção de votar em Boulos e 18% em Ricardo Nunes. 

Adiamentos

Duas caminhadas do presidente com Boulos estavam marcadas para o último dia 28, em São Miguel e no Grajaú, na Zona Leste da cidade. Ambas foram canceladas devido à viagem de Lula ao México para a posse da presidente Claudia Sheinbaum no dia seguinte.  

Uma transmissão ao vivo que ocorreria nesta quarta-feira (2) com os dois também foi desmarcada após problemas com o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que trouxe o presidente de volta. 

Edição: Martina Medina