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Governo brasileiro adia voo de repatriação de brasileiros no Líbano por medidas de segurança

A aeronave da FAB sairia de Beiture nesta sexta-feira trazendo 22 pessoas; governo alega medidas de segurança

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
A aeronave KC-30, que trará os brasileiros, já está em Lisboa - Divulgação/FAB

O Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota informando que o primeiro voo de repatriação dos brasileiros que estão no Líbano, marcado para esta sexta-feira (4), será adiado. De acordo com a nota, a mudança na data da operação de resgate se deve à necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa. Esse é o primeiro voo da operação de repatriação dos brasileiros no Líbano, em meio à escalada da guerra entre Israel, Hamas e o Hezbollah, que domina o sul do país. 

O voo, que será adiado em 24 horas, chegaria em Beirute por volta das 16h desta sexta, hora local (10h no horário de Brasília) para resgatar 220 brasileiros. Com a nova data, os brasileiros deixarão o Líbano no sábado (5). A aeronave que fará a operação já está em Lisboa e tem a viagem autorizada. 

Em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (3), Marcelo Damasceno, comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), informou que o país tem capacidade de realizar a repatriação de cerca de 500 pessoas por semana, e não estabelecerá o limite de viagens, para que todas as pessoas interessadas em retornar ao Brasil possam fazê-lo.  

Segundo o Itamaraty, os critérios para a priorização dos passageiros são, em primeiro lugar, brasileiros não residentes no Líbano, que estavam a passeio, depois os residentes. Também serão levados em conta as categorias prioritárias estabelecidas por lei, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com deficiência ou enfermos. O critério econômico também será considerado, ou seja, pessoas que possam sair do país com recursos próprios deverão fazê-lo.    

Atualmente, cerca de 21 mil brasileiros vivem no Líbano, a maioria nas regiões do Vale do Bekaa e no sul da capital libanesa.   

Edição: Nathallia Fonseca