Os eleitores de Rio Branco foram votar neste domingo (6) debaixo de fumaça e reelegeram o atual prefeito, Tião Bocalom (PL), para um novo mandato. Ele obteve, com 94,11% das urnas apuradas, 54,71% dos votos válidos, contra 34,76% de Marcus Alexandre (MDB). Emerson Jarude (Novo) teve 7,26%; e Jenilson Leite (PSB), com 3,27%.
Bocalom é candidato por meio de coligação composta por PP, PL, União, Pode, Cidadania e a Federação PSDB-Cidadania. Já Marcus Alexandre representa a coligação composta por MDB, Federação Brasil da Esperança-Fé Brasil (PT/PC do B/PV), PSD, Republicanos, Agir e PRD.
Tião Bocalom
Nascido em Bela Vista do Paraíso, no Paraná, Sebastião Bocalom tem 71 anos e mora há cerca de 30 anos no Acre. Em 1992, o professor de matemática foi eleito primeiro prefeito de Acrelândia, sendo reeleito em 2000 e 2004. Em 2006, renunciou ao cargo para concorrer ao governado do Acre, pelo PSDB, ficando na terceira posição. Em 2008, concorreu à prefeitura de Rio Branco e encerrou o pleito novamente na terceira colocação.
Foi candidato ao governo do Acre em 2006, 2010 e 2014, e à prefeitura de Rio Branco em 2008 e 2012, sem êxito em nenhuma das cinco candidaturas. Nas eleições de 2010, perdeu o governo para Tião Viana (PT) por uma diferença de menos de 5 mil votos, sendo considerada a eleição para governador mais apertada em todo o país, dos últimos tempos. Já nas eleições de 2012, perdeu a prefeitura para Marcus Alexandre (PT) por uma diferença de menos de 3 mil votos.
Finalmente em 2020, Bocalom – agora filiado ao Progressistas – conseguiu eleger-se prefeito de Rio Branco, vencendo a então prefeita Socorro Néri (PSB) no segundo turno, com 62,93% dos votos válidos contra 37,07%.
Além do atual partido, o PL, Tião Bocalom já foi filiado ao PSDB, DEM e PSL. Migrou para esse último em 2018, na onda do bolsonarismo, e seguiu para o PL em 2022, junto com o ex-presidente da República.
Marcus Alexandre
Nascido em Ribeirão Preto, em São Paulo, Marcus Alexandre (MDB) tem 47 anos de idade e é engenheiro civil formado pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). Chegou ao Acre em 1999 e, desde então, ocupou diversos cargos públicos no estado.
Então filiado ao PT, foi eleito prefeito de Rio Branco em 2012 e reeleito em 2016. Afastou-se do cargo em 2018 para concorrer a governador do Acre, obtendo 34,54% dos votos válidos em primeiro turno e encerrando a disputa em segundo lugar, atrás de Gladson Cameli (PP), que obteve 53,71% dos votos.
Edição: Rodrigo Chagas
