O resultado das urnas das eleições municipais deste domingo (6) definiu segundo turno na corrida à prefeitura de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Vão se enfrentar novamente em 27 de outubro o atual prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), que encerrou o primeiro turno com 49,72% dos votos válidos; e a deputada federal Maria do Rosário (PT), que obteve 26,27%.
Em seguida, aparecem Juliana Brizola (PDT), com 19,7%; Felipe Camozzato (Novo), com 3,83%; Luciano do MLB (UP), com 0,21%; Fabiana Sanguiné (PSTU), com 0,17%; Carlo Alan, 0,07%; e Cesar Pontes (0,03%).
Pesquisa Atlas Intel, divulgada em 30 de setembro, mostrou que a petista ganhou fôlego na reta final da campanha do primeiro turno. O mesmo levantamento mostra empate técnico entre os candidatos no segundo turno.
Sebastião está concorrendo por meio de coligação composta por PP, Republicanos, MDB, PL, PSD, Podemos, Solidariedade e PRD. Já o grupo de Rosário é composto por PT, PCdoB, PV, Psol, Rede e PSB.
Bolsonaro escondido
Embora Jair Bolsonaro e seu partido, o PL, tenham indicado a candidata a vice-prefeita – a militar Betina Worm (PL) – da chapa de Sebastião Melo, o ex-presidente foi personagem ausente na campanha eleitoral de rádio e TV em Porto Alegre, cidade que deu vitória ao presidente Lula (PT) nas eleições de 2022.
Natural de Piracanjuba, em Goiás, Sebastião Melo, de 66 anos, se define como "goiano de nascimento e gaúcho de coração". É graduado em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul. É filiado ao PMDB (hoje MDB) desde 1981. Atuou como vereador de Porto Alegre de 2001 a 2012, vice-prefeito da capital gaúcha na gestão de José Fortunati (2013-2016), deputado estadual eleito em 2018 e atual prefeito de Porto Alegre desde janeiro de 2021.
O atual prefeito entrou na disputa desgastado diante das enchentes que assolaram Porto Alegre no final de abril deste ano. Durante a campanha, ele foi acusado de ter sido negligente no cuidado com as estações de bombeamento e com o sistema de drenagem que poderiam ter evitado a cheia catastrófica do Guaíba. O prefeito também enfrentou críticas por ter proposto a privatização do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
Natural de Veranópolis, Maria do Rosário, de 57 anos, é pedagoga com doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi vereadora de Porto Alegre de 1993 a a1998, deputada estadual de 1999 a 2002 e exerce o cargo de deputada federal desde 2003. No governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), foi ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos de 2011 a 2014.
Edição: Thalita Pires