Na capital mineira, a esquerda conseguiu dobrar a quantidade de vereadores na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), com nove candidatos eleitos para o próximo mandato, de 2025 a 2028. O Partido dos Trabalhadores, do presidente Lula, e o Psol conseguiram ampliar a quantidade de cadeiras no legislativo.
A candidata do Psol à reeleição Iza Lourença foi a mais votada da esquerda, com 21.485 votos, o que a posicionou, inclusive, entre as três candidaturas com maior expressividade em 2024. Em seguida está Pedro Rousseff (PT), sobrinho da ex-presidenta Dilma, com 17.595 votos.
Wagner Ferreira, do PV, e o candidato do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Dr. Bruno Pedralva (PT) também tiveram votações expressivas, com 10.963 e 10.870 votos, respectivamente, o que permitiu que fossem reeleitos.
O legislativo também contará com mais três mulheres no próximo mandato: Luiza Dulci (PT), que teve 10.169 votos, Cida Falabella (Psol), que vai para o seu terceiro mandato na CMBH, com 9.530 votos, e Juhlia Santos (Psol), eleita com 6.703 votos, sendo a primeira travesti quilombola a ocupar uma cadeira na Câmara da capital mineira.
Quem completa o time é Edmar Branco, que traz de volta o PCdoB à casa legislativa, com 9.813 votos. Ele já foi vereador na cidade de 2016 a 2020. Pedro Patrus (PT) também volta para mais um quadriênio na CMBH, tendo conquistado 7.675 votos.
PL, de Bolsonaro, também aumenta vagas na CMBH
Mesmo com as boas adições ao setor progressista, seis vereadores bolsonaristas, do PL, foram eleitos. Um deles, Pablo Almeida, que se intitulou durante a campanha como candidato do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), foi o mais votado da história da cidade.
Vile, que teve um vídeo transfóbico derrubado de suas redes sociais pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) durante o período eleitoral, também integra o próximo quadro da CMBH.
Uner Augusto, que foi suplente de Nikolas Ferreira na última eleição municipal pelo PRTB e teve sua chapa cassada pelo TRE-MG por fraude na cota feminina, também foi eleito. Ele ficou apenas 76 dias no cargo em 2023.
Além deles, Cláudio do Mundo Novo e Marilda Portela voltam para um novo mandato, e Sargento Jalyson faz sua estreia no legislativo.
Fonte: BdF Minas Gerais
Edição: Ana Carolina Vasconcelos