ENEL

Na tarde de domingo (13), 790 mil clientes seguem sem luz em São Paulo

Mais de 2 milhões de imóveis ficaram sem energia após temporal de sexta-feira (11)

São Paulo, SP |
Quase 100 municípios do estado foram atingidos - © Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na tarde deste domingo, a Enel divulgou novo informe sobre o apagão em São Paulo: segundo a concessionária, 790 mil clientes continuam sem luz.

Desde o temporal de sexta-feira (11), que deixou mais de 2 milhões de imóveis sem energia, a Enel conseguiu restabelecer o fornecimento para 1,3 milhão de clientes.

A empresa informou também que equipes do Rio de Janeiro e do Ceará foram deslocadas para ajudar nos trabalhos.

A capital paulista é a região mais afetada, com 496 mil casas sem energia, concentradas principalmente nos bairros de Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís. Além da capital, os municípios mais impactados neste momento são: Cotia, com 62 mil clientes sem energia, São Bernardo do Campo com 47 mil e Taboão da Serra com 44 mil.

Procon e Aneel já se manifestaram

O Procon-SP informou que vai noticar a Enel para que a empresa esclareça os motivos para a demora no restabelecimento da energia. O órgão exigiu da empresa um plano detalhado de enfrentamento para eventos climáticos severos e determinou um prazo de 48 horas para que a concessionária apresente uma resposta oficial.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, no sábado (12), que intimou a empresa para que ela apresente as justificativas da falta de energia e a proposta de adequação imediata do serviço de energia. 

O apagão também virou tema no segundo turno das eleições municipais. O deputado federal e candidato pelo Psol, Guilherme Boulos, acionou o Ministério Público contra a prefeitura e a Enel, solicitando uma investigação sobre a a conduta da empresa e cobrando um plano de manejo e poda de árvores da gestão Nunes. 

Boulos registrou o impacto do apagão na sua própria residência e visitou comunidades também afetadas. 

Já o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), atribuiu a Enel a culpa pela demora na normalização de alguns serviços da cidade e remoção dos entulhos de árvores. 

Não é a primeira vez

Em novembro do ano passado, moradores de São Paulo chegaram a ficar quase uma semana sem energia elétrica após um temporal. O caso fez a Diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aplicar multa de mais de R$ 165 milhões na concessionária. 

Em sua decisão, a Agência considerou que os eventos climáticos adversos do dia 03/11/23 justificam a origem das interrupções no fornecimento de energia elétrica, no entanto, não eximem a distribuidora de sua responsabilidade de restabelecer o serviço de forma rápida e eficaz. 

Na ocasião, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, foi muito criticado por ir à Fórmula 1 enquanto parte da cidade estava no escuro. 

Edição: Raquel Setz