Temos uma candidata muito bem ilustrada nesta foto, recebendo em Curitiba o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que disse "vamos aproveitar a pandemia para passar a boiada." Talvez ele seja mais um reforço de fora de Curitiba para a equipe de Cristina Graeml, para passar a boiada por aqui já que ela negou a pandemia, também.
A candidata que foi contra a vacina durante a pandemia, que colocou medo nas pessoas e se utilizando de sua função de comentarista na Jovem Pan incentivou muitas a não se vacinarem, tem sintonia com este Ministro e a política genocida de Bolsonaro que dava gargalhadas quando alguém se referia à Covid que ele chamou de “gripezinha”, além de ter e colocado o Brasil no topo do ranking em número de mortes devido ao seu negacionismo.
Esta candidata também desrespeita professoras dizendo que as mesmas “tem confusão mental” insinuando que elas seriam obrigadas a trabalhar nas escolas com a inventada "ideologia de gênero". Mais uma desinformação caluniosa.
Ela já deu provas que perseguirá qualquer indício de oposição à sua ideologia fascista, impondo um “currículo” a lá século passado, mencionando inclusive que quer separar salas de aula por gênero, entre outros absurdos.
Trouxe nas linhas acima dois exemplos de serviços públicos, saúde e educação, que serão afetados com uma gestão de uma candidata que sequer equipe tem. Nem o seu partido lhe apoia. Ela só tem um vice, este envolvido em crimes contra idosos, inúmeras condenações e um passado obscuro.
Pimentel seria uma ótima opção para quem defende direitos humanos e o fortalecimento das políticas públicas para quem mais precisa? Não, não é uma ótima opção, mas é uma candidatura que sabemos quem é quem, sabemos como fazer a oposição e a devida luta. Vem sim de uma gestão que minimamente foi responsável durante a pandemia, não se alinhando à necropolítica praticada pelo então Governo Bolsonaro. O restante, aí sim, fazemos a luta, cada um em suas trincheiras.
As pessoas não podem se dar ao luxo de esperar
Parafraseando aqui parte do artigo escrito pela vereadora reeleita Giorgia Prates : “as pessoas não podem se dar ao luxo de esperar por mais quatro anos. A fome não espera, assim como a falta de moradia, a violência ou a ausência de direitos básicos.” E ela complementa: "A resposta para esse momento está no cotidiano. Na base, nas periferias, a luta continua. O nosso voto vale muito para ser anulado e a neutralidade não é uma opção quando nossos corpos são o alvo porque todo silêncio alimenta a opressão."
Eu incluo: as pessoas que dependem diretamente de serviços públicos diariamente e, portanto, de quem que fará uma gestão não podem dizer somente que vamos lutar nas ruas, pois há urgência de sobrevivência. Essas pessoas, se uma pandemia voltar, e à frente da Prefeitura tivermos uma candidata que nega a ciência, serão as primeiras prejudicadas, assim como foram com Bolsonaro no poder.
Portanto, voto nulo é para quem está com a vida ganha, quem pode dizer que votará nulo para seguir sua ideologia, é porque no dia a dia não será afetado por nenhuma gestão.
Não será afetado, por exemplo, se começarem a impedir a vacinação contra COVID, não será afetado se começarem a perseguir professoras nas escolas municipais, não será afetado se houver uma política de meio ambiente assessorada por Salles ou pela proposta da candidata que disse que morador da periferia deve ficar na periferia e não usar ônibus.
Não estamos nos anos 80 ou 90 que existia uma direita civilizada. Vivemos um momento perigoso em que a extrema direita interfere na vida das pessoas.
Voto nulo é pra quem tem o “privilégio” de dizer dane-se!
*Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.