O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou nesta segunda-feira (21) que as alegações da Coreia do Sul sobre o envio de tropas norte-coreanas para participar do conflito na Ucrânia possum "muitas informações contraditórias" que devem ser tratadas em conformidade.
"Vemos muitas informações contraditórias. A Coreia do Sul diz uma coisa, depois o Pentágono diz que não tem confirmação de tais declarações. Há muitas informações contraditórias. Provavelmente, é assim que deveria ser tratado", disse Peskov a repórteres.
Ao mesmo tempo, o porta-voz afirmou que a Coreia do Norte é um país vizinho e parceiro da Rússia, com quem Moscou "desenvolve as relações em todas as áreas", acrescentou.
"É um direito nosso soberano, que não deve preocupar ninguém, porque a cooperação não é dirigida contra países terceiros. Continuaremos desenvolvendo esta cooperação", completou.
Um relatório da inteligência sul-coreana, publicado em 18 de outubro, apontou que a Coreia do Norte teria enviado 1.500 militares para a Rússia, que agora estariam em campos de treinamento no território de Primorsky, e estaria pronta para enviar mais 10 mil pessoas em um futuro próximo. O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, disse em 19 de outubro que os Estados Unidos ainda não podiam confirmar ou negar estes dados.
Foi noticiado nesta segunda-feira (21), que o embaixador russo na Coreia do Sul, Georgy Zinoviev, foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores do país para prestar satisfações sobre a presença de tropas norte-coreanas em zonas de conflito.
A embaixada da Rússia na Coreia do Sul, por sua vez, informou que, durante a reunião, Zinoviev disse que "a cooperação entre a Rússia e a Coreia do Norte enquadra-se no quadro do direito internacional e não é dirigida contra os interesses de segurança da República da Coreia".
Edição: Rodrigo Durão Coelho