Pensar saúde coletiva, justiça climática e economia solidária para as favelas são desafios que precisam estar cada vez mais presentes nos debates sobre o futuro dos territórios. No último dia 19, o bairro da Lapa, na região central do Rio de Janeiro, foi palco da primeira edição do “Festival Favela Sustentável: Favela no Centro das Soluções”.
O evento reuniu mais de mil moradores de diversas favelas do Rio e contou com cerca de 98 atividades entre apresentações culturais, rodas de conversas, exposições, oficinas manuais para adultos e crianças, cineclube, além de stands, feira e oficinas de economia solidária.
Saúde na favela
O Movimento Negro Unificado (MNU) do Rio de Janeiro participou do festival com o tema “saúde na favela”, a partir da experiência do projeto “Saúde na Favela numa Perspectiva Antirracista” desenvolvido em parceria com a Coordenação da Cooperação Social da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A cartilha é o principal material do projeto e está dividida em sete temas que abordam uma perspectiva social e racial para uma saúde sem violência.
A iniciativa esteve presente em diversas favelas do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense ao longo do ano de 2023 e formou centenas de promotores populares de saúde antirracista.
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O encontro no festival contou com a presença de lideranças históricas das lutas por direitos humanos, equidade e gênero em favelas e foi marcado por uma roda de conversa, a exibição de um documentário sobre o projeto e a distribuição de cartilhas.
De acordo com o MNU, as próximas oficinas de formação de promotores populares de saúde antirracista acontecerão nas favelas de Vila Cruzeiro, Rocinha, Manguinhos, Jacarezinho, Vila Aliança, Mangueirinha e Cidade Alta. Os interessados podem acompanhar o Instagram do MNU carioca para mais informações.
O "Festival Favela Sustentável: Favela no Centro das Soluções” é uma iniciativa da Rede Favela Sustentável, criada pelas Comunidades Catalisadoras (ComCat), uma articulação comunitária composta por moradores e lideranças de favelas do Rio de Janeiro, para promover ações de sustentabilidade nas comunidades.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister
