O candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), afirmou nesta sexta-feira (25) em sabatina com o ex-candidato Pablo Marçal (PRTB), que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoia a campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição de olho na Presidência da República em 2026.
Boulos disse ainda que Tarcísio não é um bom governador e que Nunes é um político sem identidade própria e expressão. Segundo o psolista, os dois estão unidos nestas eleições já considerando um arranjo político para a eleição presidencial.
“O que está em jogo nesta eleição é o Tarcísio colocar um fantoche aqui como trampolim para ele disputar a Presidência”, afirmou Boulos.
O empresário e influenciador transmitiu a entrevista com Boulos em seu canal no YouTube. Nunes (MDB) também foi convidado para o evento, mas descartou participar.
Marçal, aliás, disse que Boulos não precisa se preocupar com Tarcísio disputando a Presidência, porque ele mesmo "será seu adversário em 2026".
Boulos foi ainda questionado sobre seu futuro pelo influenciador, e sinalizou que manterá sua carreira como político independentemente do resultado da eleição em São Paulo. Boulos disse estar preparado para enfrentar qualquer adversário. “Adversário a gente não escolhe”, afirmou o candidato.
O psolista também criticou o ex-prefeito e ex-ministro Gilberto Kassab (PSD) durante a sabatina. Disse que o presidente do PSD alia-se com diferentes governos. “Kassab se acomoda em todos os governos, Tarcísio e Lula, independente das questões ideológicas", disse.
Volta à cena
Pablo Marçal foi o terceiro candidato a prefeito mais votado no primeiro turno da eleição municipal em São Paulo. Obteve 28,1% dos votos. Nunes recebeu 29,48% e Boulos, 29,07%.
O influenciador disputou votos dos eleitores de direita na capital paulista e também o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sua convocação para uma sabatina ocorreu um dia depois de Bolsonaro participar de um evento de campanha de Nunes.
Foi a primeira aparição do ex-presidente em um evento da campanha do candidato à reeleição. Antes, os dois estiveram juntos nos atos da extrema direita no 7 de setembro, na avenida Paulista, e na convenção do MDB que oficializou a candidatura de Nunes.
No ato, um culto numa igreja evangélica, Bolsonaro disse que Nunes sempre foi seu candidato a prefeito na capital paulista.
Edição: Nathallia Fonseca