Em Sumaré (SP), região metropolitana de Campinas (SP), Henrique do Paraíso (Republicanos) venceu a eleição municipal com 58,22% dos votos, em um segundo turno marcado pela rivalidade entre petismo e bolsonarismo. Willian Souza (PT) recebeu 41,78% dos votos.
Atual vice-prefeito da cidade, Henrique recebeu “apoio integral” do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), colega de partido. Quando lançou a coligação, que une partidos como o PL de Bolsonaro, MDB e Podemos, Henrique do Paraíso defendeu ser a “maior” junção “de direita da história de Sumaré”.
Já Willian Souza conseguiu, com o resultado do primeiro turno, o apoio da maioria dos vereadores eleitos. A sua coligação, que inclui PT, PCdoB, PV, União, PDT, PSB, Avante e PRD, ganhou nove das 21 cadeiras da Câmara Municipal, instância essa já presidida por Souza entre 2019 e 2022, ele mesmo um vereador da cidade.
Durante sua campanha, o petista afirmou que, caso eleito, implementaria o projeto “Sexta feliz”, garantindo merenda aos finais de semana para os estudantes da rede municipal. Também propôs a construção de uma nova rodoviária em Sumaré.
Henrique do Paraíso, por sua vez, defendeu fazer de Sumaré um novo polo industrial. Também prometeu aderir ao programa de escolas cívico-militares do governo do Estado. A lei que institui as instituições foi sancionada por Tarcísio, mas suspensa pela Justiça no último mês de agosto.
Dias antes do primeiro turno, o comitê eleitoral de Willian Souza na região central de Sumaré foi invadido por dois homens armados. Uma pessoa foi rendida e cerca de 300 wind banners roubados. Ninguém se feriu e os autores da ação não foram identificados.
Na primeira rodada da eleição municipal, em 6 de outubro, Henrique do Paraíso e Willian Souza passaram ao segundo turno com 44,4% e 31,5% dos votos, respectivamente.
O novo prefeito de Sumaré tem 38 anos e começou a carreira política aos 18, quando assumiu a Diretoria de Cultura e Turismo da cidade. Pouco depois, aos 23, se elegeu vereador, função que ocupou entre 2013 e 2016. Em 2021 se tornou deputado federal, como suplente de Milton Vieira (Republicanos). Agora, se torna mais um representante do bolsonarismo paulista a frente de uma gestão municipal.
Edição: Rodrigo Chagas
