MATO GROSSO

Bolsonarista Abilio Brunini supera petista Lúdio Cabral e será prefeito de Cuiabá (MT)

Candidato do PL ficou em primeiro com 53,8% dos votos válidos, contra 46,2% do candidato do PT

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Abílio Brunini e Lúdio Cabral duelaram pela Prefeitura de Cuiabá - Agência Câmara

O deputado federal bolsonarista Abílio Brunini (PL) será o novo prefeito da capital matogrossense. No segundo turno das eleições municipais de 2024 em Cuiabá (MT), Brunini teve 53,8%, e derrotou o petista Lúdio Cabral, que fez 46,2% dos votos. Lúdio surpreendeu no primeiro turno ao conquistar uma vaga para a segunda volta, e chegou a obter um empate técnico nas pesquisas de intenção de voto, mas não conseguiu derrotar seu oponente bolsonarista.

Trajetória

Nascido em Cuiabá, o arquiteto Abilio Brunini, de 40 anos de idade, é filiado ao PL, partido de Jair Bolsonaro. Em 2016, foi eleito vereador de Cuiabá. Já em 2020, na corrida à prefeitura, ficou em primeiro lugar no primeiro turno, mas perdeu a disputa em segundo turno para Emanuel Pinheiro (MDB), que foi reeleito com 51,17% dos votos válidos. Em 2022, foi eleito deputado federal. Brunini já foi filiado ao PSC, ao Podemos e está no PL desde 2022, mesmo ano em que Bolsonaro se filiou ao partido.

Contexto bolsonarista

Cuiabá (MT) foi a quarta capital que mais votou, proporcionalmente, no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022. Ao todo, 61,5% dos cuiabanos escolheram o candidato da extrema direita para governar o país.

Foi nesse contexto que o deputado Lúdio Cabral (PT)  surpreendeu ao despontar como candidatura competitiva no segundo turno, contra Abílio Brunini (PL), exótico deputado federal bolsonarista, reconhecido em Brasília por episódios de machismo e transfobia.

O médico sanitarista Lúdio Cabral tem longa trajetória na esquerda cuiabana. Filiado ao PT desde 1996, ele foi eleito vereador de Cuiabá em 2004, mandato renovado em 2008.

Em 2012, foi candidato à prefeitura cuiabana e perdeu no segundo turno. Dois anos depois foi candidato ao governo do Mato Grosso e perdeu, também no segundo turno.

Edição: Rodrigo Chagas