De 2 a 4 de novembro, Brasília (DF) recebe o 1º Encontro Nacional da Campanha Levante Feminista contra o Feminicídio, Lesbocídio e Transfeminicídio. A programação inclui eventos para avaliar ações e criar estratégias de enfrentamento ao crescimento da violência de gênero.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa a quinta posição global em número de feminicídios. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que, em 2023, mais de 77% dos agressores eram conhecidos e 24% eram parceiros ou ex-parceiros íntimos.
A expectativa é de que o encontro reúna cerca de cem mulheres para debater o tema. Nessa lista estão representantes de coletivos, redes feministas, pesquisadoras, artistas e ativistas.
Estarão presentes nas mesas de discussão nomes como a filósofa e escritora Marcia Tiburi, a pesquisadora Schuma Schumaher, a socióloga e escritora Analba Teixeira, a jornalista e cientista política Telia Negrão e a ministra da Mulher, Aparecida Gonçalves.
Além das discussões coletivas, o encontro terá celebrações em memória das vítimas, atividades culturais e diálogos com representantes do governo e parlamentares. A pauta inclui temas como atendimento adequado às vítimas de violência, capacitação de agentes públicos, julgamentos para os agressores e reparação para familiares das vítimas.
Ao fim da jornada, um documento com as demandas do movimento será entregue ao governo federal, ao Congresso Nacional e ao judiciário. A cerimônia de entrega do tratado está marcada para 5 de novembro, na Câmara e no Senado.
A Campanha Levante Feminista Contra o Feminicídio, Lesbocídio e Transfeminicídio existe desde 2021. Autoconvocada e autofinanciada, ela representa uma resposta popular à falta de políticas de proteção a mulheres e pessoas trans.
Edição: Martina Medina