Luta coletiva

Mulheres se reúnem em Brasília contra a violência de gênero de 2 a 4 de novembro

Encontro Nacional do Levante Feminista contra o Feminicídio, Lesbocídio e Transfeminicídio deve reunir cem participantes

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O Brasil registrou 1.463 feminicídios em 2023, alta de 1,4% em relação a 2022, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública - Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

De 2 a 4 de novembro, Brasília (DF) recebe o 1º Encontro Nacional da Campanha Levante Feminista contra o Feminicídio, Lesbocídio e Transfeminicídio. A programação inclui eventos para avaliar ações e criar estratégias de enfrentamento ao crescimento da violência de gênero. 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa a quinta posição global em número de feminicídios. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que, em 2023, mais de 77% dos agressores eram conhecidos e 24% eram parceiros ou ex-parceiros íntimos. 

A expectativa é de que o encontro reúna cerca de cem mulheres para debater o tema. Nessa lista estão representantes de coletivos, redes feministas, pesquisadoras, artistas e ativistas.  

Estarão presentes nas mesas de discussão nomes como a filósofa e escritora Marcia Tiburi, a pesquisadora Schuma Schumaher, a socióloga e escritora Analba Teixeira, a jornalista e cientista política Telia Negrão e a ministra da Mulher, Aparecida Gonçalves. 

Além das discussões coletivas, o encontro terá celebrações em memória das vítimas, atividades culturais e diálogos com representantes do governo e parlamentares. A pauta inclui temas como atendimento adequado às vítimas de violência, capacitação de agentes públicos, julgamentos para os agressores e reparação para familiares das vítimas. 

Ao fim da jornada, um documento com as demandas do movimento será entregue ao governo federal, ao Congresso Nacional e ao judiciário. A cerimônia de entrega do tratado está marcada para 5 de novembro, na Câmara e no Senado. 

A Campanha Levante Feminista Contra o Feminicídio, Lesbocídio e Transfeminicídio existe desde 2021. Autoconvocada e autofinanciada, ela representa uma resposta popular à falta de políticas de proteção a mulheres e pessoas trans.  

Edição: Martina Medina