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Donald Trump é reeleito presidente e extrema direita volta ao poder nos Estados Unidos

Republicano conquistou 279 votos de delegados eleitorais, superando os 270 necessários para a vitória

Brasil de Fato | São Paulo (SP) | |
Simpatizantes de Donald Trump celebram a vitória na Flórida - AFP

O ex-presidente republicano Donald Trump venceu a eleição presidencial nos Estados Unidos ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral e derrotar a vice-presidente democrata Kamala Harris, segundo projeções da imprensa estadunidense. Até o momento, ele conquistou 276 delegados, na manhã desta quarta (6).

Trump venceu em mais da metade dos 50 estados do país, incluindo os estados-pêndulo da Carolina do Norte, Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin, além dos importantes Texas e Ohio. Kamala Harris conquistou, até agora, 219 votos no Colégio Eleitoral.

Abaixo, a lista dos estados conquistados por cada candidato e o número correspondente de votos no Colégio Eleitoral, segundo projeções da imprensa dos EUA, incluindo CNN, MSNBC/NBC News, ABC e CBS:

Donald Trump conquistou os 279 votos de delegados em Alabama (9), Arkansas (6), Carolina do Norte (16), Carolina do Sul (9), Dakota do Norte (3), Dakota do Sul (3), Flórida (30), Geórgia (16), Idaho (4), Indiana (11), Iowa (6), Kansas (6), Kentucky (8), Louisiana (8), Mississippi (6), Missouri (10) , Montana (4), Nebraska (4 de 5), Ohio (17), Oklahoma (7), Pensilvânia (19), Tennessee (11), Texas (40), Utah (6), Virgínia Ocidental (4), Wisconsin (10), Wyoming (3).

Já a Harris tem 219 votos, da Califórnia (54), Colorado (10), Connecticut (7), Delaware (3), Distrito de Colúmbia (3), Havaí (4), Illinois (19), Maryland (10), Massachusetts (11), Minnesota (10), Nebraska (1 de 5), Nova Jersey (14), Novo México (5), Nova York (28), Oregon (8), Rhode Island (4), Vermont (3), Virgínia (13) e Washington (12).

Extrema direita 

Além de significar o retorno do bilionário de ultradireita à presidência após um mandato repleto de escândalos (2016 - 2020), Trump deve se tornar o primeiro presidente na história do país a assumir o cargo após ser condenado na justiça. O ex-mandatário recorre de uma condenação por ter comprado o silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniel antes das eleições de 2016.

Trump ainda enfrenta outros processos judiciais como, por exemplo, pela incitação de invasão ao Capitólio em 2020, que marcou o fim do seu mandato.

Apoiado pela ala mais conservadora do Partido Republicano e por figuras famosas da extrema direita como o bilionário Elon Musk, Trump apsotou durante a campanha em um discurso contra migrantes - a quem acusa de "envenenar o sangue do país" - e em rivalizar com Kamala Harris em temas como direito ao aborto e economia.

Na véspera da eleição, o republicano voltou a mencionar uma possível fraude eleitoral, o que suscitou temores de que não reconheceria o resultado em caso de derrota, como fez em 2020 após ser derrotado por Joe Biden. 

Em 13 de julho, Trump sobreviveu a uma tentativa de assassinato durante um comício na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia (nordeste). Ele ficou ferido na orelha direita, ao ser alvejado por tiros disparados por um homem que estava em um terraço.

A convenção republicana deixou evidente o domínio de Trump no Partido Republicano. Ele escolheu o jovem senador J.D. Vance como seu companheiro de chapa. Em setembro, o bilionário voltou a ser alvo de outra tentativa de assassinato em seu campo de golfe na Flórida.

Semanas depois, o magnata voltou a Butler para um grande comício ao lado de Elon Musk, o homem mais rico do mundo e dono da rede social X, da Tesla e da SpaceX.

Edição: Rodrigo Durão Coelho