Rússia e China reagiram com cautela à vitória virtual de Donald Trump na corrida presidencial nos Estados Unidos. Ambos os países não são considerados aliados estadunidenses e disseram nesta quarta-feira (6) que vão esperar os próximos passos do republicano. As declarações foram feitas antes de Trump alcançar os 270 delegados necessários no Colégio Eleitoral, o que já se confirmou.
"Vamos tirar as nossas conclusões com base nas palavras concretas e em atos concretos", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Ele disse não saber dos "planos do presidente (Vladimir Putin) para parabenizar Trump pela eleição", pois os Estados Unidos "não são um país amigo".
Já a China, apesar de não citar explicitamente o nome de Trump, disse esperar uma "coexistência pacífica" com os Estados Unidos.
"Continuaremos focando e administrando as relações entre China e Estados Unidos com base nos princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação benéfica para todos", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.
"A nossa política em relação aos Estados Unidos tem sido coerente", acrescentou Mao. Ele disse ainda que a eleição presidencial dos Estados Unidos é um assunto interno. "Respeitamos a escolha do povo americano."
"Depois que os resultados das eleições americanas forem divulgados e anunciados oficialmente, trataremos dos assuntos relacionados de acordo com a prática habitual", apontou a porta-voz ao ser questionada se o presidente chinês, Xi Jinping, telefonaria a Trump para felicitá-lo.
As declarações dos porta-vozes foram dadas antes do resultado oficial, o qual já confirmou a vitória do republicano. O ex-presidente Donald Trump retorna à Casa Branca para mais um mandato, marcando a volta da extrema direita ao poder nos Estados Unidos.
Ao vencer na Pensilvânia, por volta das 2h30 no horário local (4 horas, no horário de Brasília) desta quarta-feira (6), Trump alcançou 267 votos eleitorais. Em um cenário em que estava virtualmente eleito, o republicano fez um discurso declarando a vitória, levando a alguns líderes mundiais a saudarem o novo presidente.
Edição: Rodrigo Durão Coelho