No Largo Jornalista Glênio Peres, em Porto Alegre, acontece até o dia 9 de novembro a 2ª Feira da Agricultura Familiar de Porto Alegre, promovida pela Fetag-RS, com o apoio da Prefeitura. A feira tem entrada gratuita e funciona diariamente das 8h às 19h.
Este ano, o evento conta com 94 expositores de diferentes regiões do estado em parceria com a Associação dos Produtores da Rede Agroecológica Metropolitana (Rama). Três empreendimentos da Capital participam oferecendo produtos orgânicos: Sítio Natural, com hortaliças; Porto Verde Orgânica, com flores e hortaliças, e Chácara Vila Nova Orgânicos, com suco, açaí, geleias, sorbet, cuca, cupcake, morango para suco e mudas.
A primeira edição da Feira foi realizada em 2023. A deste ano traz mais diversidade, como a presença de guardiões de sementes crioulas, como é o caso de Marlete Sornberger, do município 15 de novembro, a 308 Km da capital. “Estou participando da segunda feira da agricultura familiar em Porto Alegre, a minha primeira participação. E estamos aqui com sementes que já fizeram parte de muitas gerações e muitas famílias, que foram repassadas ao longo dos anos”.
De acordo com a guardiã,a primeira edição trazia, em sua maioria, agro-indústrias com alimentos e bebidas. “Não teve uma participação tão grande das plantas e nem de sementes. Mas este ano estamos aqui, e com uma diversidade bem grande de sementes crioulas, sem o uso de agrotóxico. Não é necessário comprar, pode vir olhar também”, convida Marlete.
Expectativa de vendas
A expectativa dos comerciantes da feira é que ela siga o resultado da 47ª Expointer deste ano, que ocorreu entre 24 de agosto e 1º de setembro. A edição foi marcada por um momento significativo para a agricultura gaúcha, especialmente após as adversidades climáticas que atingiram o estado em maio deste ano. O Pavilhão da Agricultura Familiar reuniu expositores de 181 municípios e foi recorde de vendas, que totalizaram R$ 10.880.097,00 – um crescimento de 25,44% em relação ao ano anterior.
Participando pela segunda vez da feira, Clarice Rohr, da cidade de Picada Café, é uma das comerciantes que está na expectativa de aumento de vendas. “Os clientes voltam, eles ficam sabendo que a gente está aqui, a gente está postando nas redes sociais também. A minha expectativa é que esteja melhor que no ano passado. A Expointer deste ano também foi bem melhor que no ano passado. Mesmo com tudo que aconteceu, acho que vai superar as vendas do ano passado, com certeza”, sinaliza.
Já o comerciante João Robaski Meregali, da agroindústria Mel da Terra, de Santo Antônio da Patrulha, teve sua produção atingida pelas enchentes de maio deste ano. “Nós trabalhamos com produção de seis tipos de mel, extrato de própolis e velas de cera de abelha. Esse ano foi um ano de bastantes desafios. Por causa das enchentes nós tivemos uma perda de produtividade de 65%. E perda de algumas pequenas colmeias por causa de deslizamentos”.
Apesar dos percalços, e da baixa produção, João comenta que conseguiram participar da Expointer e agora na segunda feira da Agricultura Familiar. “Temos uma boa expectativa também de vendas. O pessoal está vindo conhecer os nossos produtos, experimentando os méis, o extrato de própolis. Estamos felizes por estar aqui e pela oportunidade, que é uma coisa que nos ajuda bastante por ter sofrido esse período de dificuldade no mês de maio”.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Vivian Virissimo