mais de 60 feridos

Atentado em estação de trem no Paquistão mata ao menos 27; Exército de Libertação Balúchi assume autoria

O grupo separatista quer a independência da província de Baluchistão, que tem cerca de 15 milhões de habitantes

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Paramédicos resgatam ferido da explosão da estação de trem em Quetta, no Paquistão - Banaras Khan / AFP

Um atentado a bomba neste sábado (9), em uma estação de trem na cidade de Quetta, no sudoeste do Paquistão, matou ao menos 27 pessoas e feriu outras 62. Entre os mortos, 16 eram soldados. Um grupo que defende a separação da província de Baluchistão, o Exército de Libertação Balúchi, assumiu a autoria do ataque, registrado por câmeras de segurança.

O conflito interno entre o governo sediado na capital Islamabad e milícias separatistas, das quais esta é a maior, já dura décadas. O Exército de Libertação Balúchi acusa o governo paquistanês de explorar de forma injusta as reservas de gás e minérios da região.  

A província de Baluchistão tem 15 milhões de habitantes e é uma das mais pobres do país. A área faz fronteira com o Afeganistão ao norte e com o Irã ao oeste.  

De acordo com informações da agência Reuters, o chefe da polícia do Baluchistão, Mouzzam Jah Ansari, confirmou que os alvos principais da explosão eram os militares de uma unidade do Exército paquistanês. Depois de passar por um treinamento na escola de infantaria, eles retornavam para a região de Punjab. 

Inicialmente, as autoridades levantaram a possibilidade de a bomba ter explodido de uma mala deixada na estação. Agora consideram provável que tenha sido um atentado suicida de um homem-bomba, mas as investigações seguem em curso.  

O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, declarou que os responsáveis pelo ataque "pagarão um preço alto". 

Edição: Martina Medina