limpeza étnica

Israel bombardeia escola e campo de desabrigados e mata mais 14 pessoas na Faixa de Gaza

No último um ano e um mês, governo israelense já matou 43.550 palestinos, de acordo com Ministério da Saúde de Gaza

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Mulher palestina se desespera enquanto acampados averiguam o estrago de ataque israelense em campo de tendas de refugiados neste sábado (9) - Eyad Baba / AFP

A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou, neste sábado (9), que dois bombardeios israelenses mataram ao menos 14 pessoas nesta madrugada.  

Um dos ataques com mísseis ocorreu na escola Fahad al Sabah, no norte do território. No local, convertido em um centro de acomodação de emergência, cinco pessoas foram mortas, incluindo crianças. 

O outro bombardeio foi no sul da Faixa de Gaza, em um campo de tendas para pessoas desabrigadas de Khan Yunis, e deixou nove mortos. O anúncio foi feito por Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil palestina. 

116 mortos por dia 

Também neste sábado (9) o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza atualizou o número de mortos pela ofensiva militar de Israel contra os palestinos, implementada desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Neste período de um ano e um mês, 43.550 pessoas foram assassinadas no território. 

Em média, 116 palestinos são mortos pelo exército do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a cada dia.  

Entre as vítimas fatais na Faixa de Gaza de novembro do ano passado até abril de 2024, mulheres e crianças são "quase 70%", segundo o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.   

Risco do conflito escalar 

Em um discurso transmitido neste sábado (9) pela televisão estatal, o ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, alertou que "o mundo deve saber que, se a guerra se espalhar, seus efeitos nocivos não se limitarão ao Oriente Médio". 

Além de Gaza, Israel ataca o Líbano desde o último 23 de setembro, sob a justificativa de ofensiva contra o Hezbollah. O Ministério da Saúde Pública libanês contabiliza 2.980 mortes desde então, incluindo 178 paramédicos.  

"A insegurança e a instabilidade podem se espalhar para outras regiões, mesmo distantes", advertiu o ministro iraniano Abbas Araqchi. 

Edição: Martina Medina