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Debate sobre redução da jornada de trabalho é 'tendência global', diz Alckmin

'A partir do avanço da tecnologia, você pode fazer mais com menos pessoas e ter uma jornada menor', disse o ministro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Geraldo Alckmin é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços - Reprodução/Canal GOV

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (12) ver o debate sobre a redução da jornada 6x1 como uma "tendência no mundo inteiro", cuja discussão "cabe à sociedade e ao parlamento".

A declaração foi feita em resposta a jornalistas após seu discurso no segmento de Alto Nível da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), que ocorre até o dia 22 em Baku, no Azerbaijão.

"Não foi ainda discutido, mas acho que é uma tendência no mundo inteiro. A partir do avanço da tecnologia, você pode fazer mais com menos pessoas e ter uma jornada menor. Isso é um debate que cabe à sociedade e ao parlamento", disse o ministro ao ser questionado sobre se essa pauta preocupa, no momento, o empresariado.

Redução da jornada 6x1
 

Desde domingo (10), as redes sociais no Brasil têm uma pauta prioritária, que parece estar longe de perder o fôlego: a discussão da redução da jornada máxima de trabalho permitida no país. O assunto se sustenta entre os trending topics do X/Twitter no Brasil pelas últimas 36 horas.

A movimentação em torno da pauta pressionou a Câmara dos Deputados. Desde sua criação até a última sexta-feira (8), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pauta a redução da jornada tinha recolhido 71 assinaturas. Até a noite desta segunda, o número já tinha chegado a 134. Para começar a tramitar, uma PEC precisa de 171 adesões.

A proposta é fruto do trabalho de Rick Azevedo (Psol), vereador eleito do Rio de Janeiro (RJ) e criador do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que defende o fim da jornada de trabalho 6x1, e da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), autora de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe uma jornada máxima de trabalho de 36 horas semanais, ante as 44 horas atuais.

Edição: Nathallia Fonseca