O ponto alto da Cúpula Social do G20 será o Tribunal Popular - o imperialismo no banco dos réus. A atividade acontece no segundo dia do encontro, a sexta-feira (15), no teatro da Fundição Progresso, a partir das 14h.
“Com essa atividade, queremos deixar em evidência quem realmente são esses países. Para nós, esse é um espaço para denunciar esses crimes, para que o povo entenda que as decisões desses governos que estarão no Rio de Janeiro, em sua grande maioria, impactam o nosso cotidiano diretamente”, afirma Cássia Bechara, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O Tribunal Popular julgará seis casos simbólicos de crimes cometidos pelo capitalismo contra a humanidade. O primeiro, será o genocídio dos povos, e terá como caso modelo o massacre povo palestino, levado adiante pelo governo de Israel, com apoio dos Estados Unidos e outros países do centro do capitalismo mundial.
O segundo crime abordará a violação à soberania e à autodeterminação dos povos, tendo como caso modelo o Haiti. O terceiro crime será pela indução à pobreza, políticas de austeridade, tratados de livre comércio. Sobre esse aspecto, trabalhadores franceses e brasileiros se unirão para denunciar os efeitos nocivos do acordo que vem sendo negociado entre o Mercosul e a União Europeia. O quarto crime a ser julgado será sobre a guerra econômica contra os países não-alinhados, e terá como caso modelo o bloqueio econômico e comercial mantido por mais de seis décadas pelos Estados Unidos contra o povo cubano.
O quinto crime a ser julgado é a destruição ambiental provocada pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, de propriedade das mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton, e as diversas situações de racismo ambiental envolvendo o caso. Por último, o tribunal julgará o extermínio dos povos negros e originários, tendo como referência os povos quilombolas do Brasil.
Edição: Nathallia Fonseca