Governo federal

Brasil levará proposta de taxação de super-ricos à cúpula do G20, confirma Márcio Macêdo

Medida, acredita o ministro, 'pode matar a fome de 350 milhões de famintos no mundo'

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Macêdo: "Uma parte disso pode compor um fundo de reparação e mitigação ambiental, com políticas que podem atingir de forma positiva as populações que vivem nas florestas" - Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Em entrevista coletiva promovida pelo Barão de Itararé, Márcio Macêdo, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende levar à cúpula do G20 a proposta de taxação dos super-ricos do mundo.

"O Lula está propondo que no G20 seja discutido o combate à fome, à pobreza e à desigualdade. E mais um debate sobre a nova governança global… A taxação dos super-ricos, se taxarmos em 2%, que é uma cócega para eles, significa dizer que gera um potencial de recursos que pode matar a fome de 350 milhões de famintos no mundo. Uma parte disso pode compor um fundo de reparação e mitigação ambiental, com políticas que podem atingir de forma positiva as populações que vivem nas florestas", afirmou o ministro.

Os chefes de Estado e de Governo das 19 maiores economias do planeta, e da União Europeia e União Africana vão debater a questão na reunião da cúpula do G20, que ocorre nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

O Brasil já entregou um documento aos países que participarão do G20 no último mês de fevereiro, no Rio de Janeiro, durante a reunião dos ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do grupo.

Escala 6x1

Durante a entrevista, Macêdo foi indagado sobre a posição do governo a respeito da PEC que pede o fim da escala 6x1. "Nós estamos muito focados no G20, na hora que ele chamar para discutir isso, vamos nos debruçar sobre o tema", disse o ministro.

"É muito importante que os movimentos, os parlamentares progressistas e o povo façam esse debate. Nós vivemos uma quadra de avanço da extrema direita no mundo, um enfrentamento na sociedade dos valores do fascismo contra os valores civilizatórios da humanidade… É muito salutar que os temas progressistas possam habitar os salões, o chão das fábricas, as ruas e praças do nosso país", concluiu Macêdo.

Veja a entrevista completa:

Edição: Martina Medina