O presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou, neste domingo (17), um investimento de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 290 milhões), para Amazônia. Ele visita a cidade de Manaus (AM) antes de voar para o Rio de Janeiro (RJ), onde participa do G20.
Este valor se soma a outros US$ 50 milhões que o mandatário estadunidense havia confirmado para o Fundo Amazônia, em fevereiro 2023, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia visitado o colega nos EUA.
Na época, Biden também falou que os investimentos do país para Amazônia chegariam a US$500 milhões, quase R$ 3 bilhões, ao longo de cinco anos. No entanto, o presidente vai deixar a Casa Branca em dezembro para a posse de Donald Trump, a partir do ano que vem.
“No Brasil, zerar o desmatamento é algo absolutamente possível”, defende Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima.
Portanto, o especialista celebrou o anúncio que considerou “exatamente importante”, porque vai ao encontro de como o atual governo vem atuando frente ao bioma.
"O governo vem diminuindo de forma bastante substâncias as taxas de desmatamento, cerca de 45% de redução nos últimos anos. [Então] esses investimentos vão possibilitar que as políticas continuem fortalecidas", defende Astrini que está em Baku, no Azerbaijão participando da Conferência das Nações Unidas para Mudança do Clima (COP29).
Esta é a primeira vez que um presidente dos EUA visita a Amazônia. Biden chegou no Brasil vindo do Peru, onde encontrou o presidente chinês Xi Jinping. Os dois participaram do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).
Na capital amazonenses, Biden foi recebido por autoridades, como o governador do Amazonas, Wilson Lima. Durante as agendas, ele deve ouvir representantes de ONGs e grupos que atuam na defesa da Floresta Amazônica. Serão quatro horas de permanência na região.
Astrini celebra que os investimentos estão indo para o Fundo Amazônia, trazendo efeitos na prática.
“O Fundo Amazônia vem se demonstrando como um instrumento fundamental para o combate ao desmatamento e o crime ambiental, uma vez que quase todo desmatamento na Amazônia acontece na ilegalidade.
O que é o Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia foi criado por iniciativa do Brasil durante a Conferência Mundial do Clima (COP) 12, em 2006, no segundo mandato de Lula na Presidência da República.
Gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o programa tem como objetivo angariar contribuições voluntárias de outros países para combater as emissões liberadas por meio do desmatamento, além de fomentar a conservação e a economia sustentável na Amazônia.
Mais de 207 mil pessoas são impactadas positivamente e diretamente pelo Fundo, envolvendo um total de 384 instituições.
Edição: Nathallia Fonseca