O presidente Xi Jinping pediu o fortalecimento do vínculo entre a China e o Brasil para tornar seu relacionamento bilateral um exemplo entre os principais países em desenvolvimento. Xi fez os comentários em uma carta de resposta recente a pessoas amigáveis no Brasil.
Na carta, ele expressou sua alegria em testemunhar a tocha da amizade entre a China e o Brasil sendo passada de geração em geração. Nos últimos 50 anos desde o estabelecimento de laços diplomáticos, as duas nações marcharam de mãos dadas, compartilhando alegrias e tristezas, e forjaram uma amizade que abrange montanhas e oceanos, disse ele.
A China está disposta a trabalhar com o Brasil para enriquecer a amizade entre os dois países na nova era e fazer das relações China-Brasil um exemplo de solidariedade, coordenação, desenvolvimento comum e benefício mútuo entre os principais países em desenvolvimento, fazendo assim maiores contribuições para a causa da paz e do progresso da humanidade, acrescentou.
Na carta, Xi deu as boas-vindas aos amigos brasileiros para visitar a China com mais frequência e testemunhar em primeira mão as inúmeras facetas da modernização chinesa. Ele expressou a esperança de que pessoas de todas as esferas da vida em ambos os países desempenhem um papel positivo no avanço do crescimento contínuo das relações China-Brasil e façam a amizade China-Brasil "fluir incessantemente como o Rio Yangtze e o Rio Amazonas".
Recentemente, mais de 100 personagens amigas no Brasil, incluindo Enrique Teixeira, ex-vice-prefeito de Campinas no estado de São Paulo, membros da Associação de Amizade Brasil-China e alunos e professores da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual Paulista, bem como a Orquestra do Forte de Copacabana do Rio de Janeiro, escreveram a Xi em cartas separadas, expressando sua gratidão pelas contribuições feitas pelo governo chinês, empresas e universidades na promoção de intercâmbios amigáveis entre o Brasil e a China e na melhoria dos meios de vida da população local.
As cartas vieram antes da próxima visita de estado de Xi ao Brasil, onde ele também participará da 19ª Cúpula do G20 no Rio de Janeiro. A viagem, programada de 17 a 21 de novembro, será a terceira visita de Xi ao Brasil em 10 anos.
O Ministério das Relações Exteriores chinês disse que, durante a visita, Xi manterá conversas com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e terá uma troca de opiniões aprofundada sobre as relações bilaterais e questões internacionais e regionais de interesse mútuo.
"A visita do presidente Xi Jinping (ao Brasil) consolidará ainda mais a confiança política mútua, melhorará a significância estratégica, a natureza inovadora e o papel de liderança das relações bilaterais, aumentará a sinergia entre as estratégias de desenvolvimento dos dois países, aprofundará a comunicação estratégica e a coordenação em questões globais críticas e, em conjunto, abrirá os próximos 50 anos dourados das relações China-Brasil", disse Mao Ning, porta-voz do ministério, em uma entrevista coletiva regular na sexta-feira.
As interações de alto nível se tornaram mais frequentes nos últimos anos. Em julho de 2014, Xi foi ao Brasil para participar da sexta Cúpula do BRICS e se encontrou com líderes da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos. Em novembro de 2019, ele viajou ao Brasil novamente para participar da 11ª Cúpula do BRICS.
Lula, um velho amigo do povo chinês que visitou a China diversas vezes, escolheu o país como destino para sua primeira visita ao exterior fora das Américas depois de assumir a presidência do Brasil no ano passado.
*Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.
**Artigo originalmente publicado no China Daily
Edição: China Daily