Ele sabia?

PF vê indícios de que Bolsonaro tinha ciência de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

Quatro militares e um agente da Polícia Federal estão presos por tramarem as três execuções

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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O general Braga Netto e o ex-presidente Jair Bolsonaro - Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal pretende incluir no relatório final da investigação que apura o plano elaborado por militares para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que há indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha ciência da intenção de seus aliados.

A informação foi divulgado pelo jornal O Globo, nesta quinta-feira (21). Segundo a Operação Contragolpe, que investiga o plano de execução de Lula, Alckmin e Moraes, o plano foi feito em reuniões na casa do general Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro, e por mensagens, em um aplicativo de conversa.

A Operação Contragolpe foi desfraldada na última terça-feira (19) e culminou na prisão de quatro militares das Forças Armadas, além de um agente da Polícia Federal, que teriam participado da elaboração do plano.

A PF apura se houve articulação de um grupo de bolsonaristas para dar um golpe de Estado no país, para impedir que Lula tomasse posse como presidente da República em 1 de janeiro de 2023.

O plano para execução de Lula, Alckmin e Moraes era chamado de "Punhal verde e amarelo" pelos mentores intelectuais da empreitada. O principal articulador da ideia seria, de acordo com a investigação, o general Mário Fernandes, que era o "número 2" na Secretaria-Geral da Presidência.

Edição: Nathallia Fonseca