No dia 8 de março deste ano, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ironizou denúncias de letalidade e abusos cometidos por policiais militares, no âmbito da “Operação Escudo”, que foram feitas ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Nossa intenção é proteger a sociedade. Nós estamos fazendo o que é correto, com muita determinação e profissionalismo (...) Sinceramente, eu tenho muita tranquilidade com relação ao que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta que eu não estou nem aí”, disse Freitas.
Nesta terça-feira (3), o governador de São Paulo voltou a ser pressionado pela política de Segurança Pública de sua gestão, após uma série de casos de letalidade policial nas últimas semanas.
Na última segunda-feira (2), um homem foi arremessado de uma ponte na avenida Cupecê, na Zona Sul de São Paulo, por um policial militar. Antes, no dia 5 de novembro, o jovem Gabriel Renan foi executado por um policial militar dentro de uma loja de conveniência na mesma via.
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No dia 29 de outubro de 2024, Ryan Gabriel dos Santos, de apenas 10 anos, foi atingido por disparos de arma de fogo durante uma abordagem policial também na Zona Sul paulistana.
Em março deste ano, quando ironizou as denúncias de abuso policial, Freitas era cobrado pela postura da PM durante a segunda fase da Operação Escudo, na Baixada Santista, região litorânea de São Paulo.
“Registros oficiais do Estado indicam que as mortes em decorrência de intervenção policial subiram 94% no primeiro bimestre de 2024. Esse é o resultado de uma ação deliberada do atual governador, Tarcísio de Freitas, que vem investindo na violência policial contra pessoas negras e pobres”, dizia a denúncia, apresentada pela Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns.
Edição: Martina Medina