Violência policial

PM arremessa homem do alto de uma ponte em São Paulo; não há informações sobre a vítima

Ação teria ocorrido na madrugada desta segunda-feira (2)

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O policial é do 24º Batalhão da Polícia Militar, em Diadema - Reprodução/TV Globo

Um policial militar das Rondas Ostensivas com Apoio de Motos (Rocam) arremessou um homem do alto de uma ponte na cidade de São Paulo. Ainda não há informações sobre a vítima e o local exato. 

O vídeo do momento, que teria sido registrado na madrugada desta segunda-feira (2), mostra quatro policiais do 24º Batalhão da Polícia Militar, em Diadema, durante a ação. Um deles levanta uma moto, em seguida dois outros aparecem. Por fim, um quarto policial chega segurando a vítima e a joga da ponte. 

O ouvidor das polícias, Cláudio Silva, disse que pedirá o afastamento imediato dos agentes. "Tanto do policial que pratica o ato quanto dos outros, que estavam ali e de certa forma não atuaram para que aquilo não ocorresse, ou não informaram as autoridades que aquele policial tinha feito aquele ato”, afirmou em entrevista à TV Globo. 

"É algo muito grave e sem qualquer fundamento, nenhuma legalidade. É mais um daqueles e daquelas que ainda acham que a injustiça vai prevalecer. Há uma crença hoje na polícia de São Paulo de que os policiais poderão praticar qualquer atrocidade ou anormalidade por serem policiais e isso vai ficar por isso mesmo. A gente precisa mudar essa perspectiva porque senão os casos graves vão continuar ocorrendo e, talvez, a tendência seja até piorar", completou. 

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do estado de São Paulo afirmou que a "Polícia Militar repudia veementemente a conduta ilegal adotada pelos agentes públicos no vídeo mostrado. Assim que tomou conhecimento das imagens, a PM instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar os fatos e responsabilizar os policiais, que foram identificados e afastados. A instituição reitera seu compromisso com a legalidade, sem tolerar qualquer desvio de conduta". 

A Secretaria não respondeu às perguntas sobre a vítima e o local onde foi realizada a ação.

Edição: Nathallia Fonseca