O primeiro curso superior de bacharelado em agroecologia do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) obteve nota 4 em uma escala de 0 a 5 em uma avaliação promovida pelo Ministério da Educação (MEC).
O resultado foi comemorado nesta quarta-feira (4), durante a Semana de Agroecologia do Pronera. A atividade está acontecendo no Centro de Engenharias e Ciências Agrárias, na Universidade Federal de Alagoas.
Em 2023, o curso foi alvo de diligência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os componentes da comissão visitaram as instalações acadêmicas e também três assentamentos do movimento.
"A gente está recebendo com muita alegria, entusiasmo e alívio também, pois esse é um reconhecimento do trabalho que vem sendo feito pela universidade e realizado também junto aos estudantes do curso, junto ao Incra e aos movimentos sociais que participam ativamente da história desde a criação até esse momento de reconhecimento", comemorou Rafael Vasconcelos, atual coordenador do curso.
O curso é o primeiro bacharelado no Brasil inserido no Programa Nacional de Educação e Reforma Agrária (Pronera), consequência direta das reivindicações dos movimentos populares no campo, com destaque para o MST, e reúne estudantes de diversos estados nordestinos.
Criado em 2018, o curso está formando a primeira turma este mês, durante a Semana de Agroecologia do Pronera. Ele foi criado para atender as demandas da população assentada pelo Incra.
"E para nós, a população do campo, os assentados, quilombolas, extrativista, pequenos agricultores, que tivemos a oportunidade de poder acessar a universidade pública através de um programa em uma política pública tão importante que é o Pronera, para nós é bastante significativo, bastante relevante saber que nosso curso é reconhecido pelo MEC. Então só reafirma as políticas públicas, inclusivas para as populações do campo, mas principalmente aqueles e aquelas para quem foi negado o direito de acessar a universidade", comemora a estudante do curso, Margarida Maria da Silva.
Edição: Thalita Pires