A nossa língua é lambuzada pelos sentidos sonoros que a rua estabelece. A rua é viva, é soberana
O escritor, historiador, professor e compositor brasileiro Luiz Antônio Simas lançou no último mês uma nova edição do livro A Alma Encantadora das Ruas, publicado originalmente por João do Rio, pseudônimo do cronista, romancista e teatrólogo João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto.
O livro reúne crônicas sobre o Rio de Janeiro, com destaque especial para a dinamicidade e o papel transformador das ruas, e, em sua nova edição, ganha comentários, ou “pequenas notas” de Simas, que busca um diálogo entre a obra publicada no início do século XX e a contemporaneidade.
“Eu não procurei fazer comentários no sentido de analisar criticamente a obra. É uma tentativa de mostrar que João do Rio é contemporâneo, que ele pode e deve ser lido por uma pessoa que está vivendo no século XXI, carioca ou não”, comenta o escritor, em entrevista ao programa Bem Viver desta quarta-feira (4).
Para apresentar João do Rio na abertura da 22ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que aconteceu em outubro deste ano, Luiz Antônio Simas evocou Exu, orixá ou entidade cultuada pelas religiões de matriz africanas.
O historiador traz Exu como forma de evidenciar a encruzilhada pela qual passava a capital fluminense no contexto em que viveu João do Rio, mas também para apontar as próprias contradições do cronista.
“Quando eu evoco o Exu, é uma homenagem a João do Rio, mas também é uma provocação histórica a um João que foi preconceituoso com as religiosidades afro-brasileiras. É também mostrando que a cidade mora na encruzilhada entre aquela que quer ser francesa e aquela que não tem para onde correr, porque é profundamente africana”, explica Simas.
Para ele, o Rio de Janeiro, assim como Salvador (BA), Recife (PE) e São Luís (MA) são cidades atlânticas e, portanto, profundamente marcadas pela herança cultural africana.
“O Rio de Janeiro é uma cidade africana. Então, não adianta viver esse mito da ‘cidade maravilhosa de padrão europeu’. Esquece. A nossa beleza e a nossa construção civilizatória é a do Rio Negro. Isso daqui é Bacongo, é uma continuidade do Congo-Angola”, enfatiza.
Dessa forma, Luiz Antônio Simas acredita que as ruas, as línguas, as religiosidades e os hábitos cariocas guardam inúmeras características desse legado.
“A língua que essa cidade fala não foi estabelecida nas ‘cultas gramáticas’, mas na beleza do fluxo entre os diversos contatos e as culturas, que, a partir da rua, construíram o espanto civilizatório que é o Rio de Janeiro. O Rio é um espanto, é um assombro, onde a vida persevera diante de um projeto que era um projeto de morte”, continua.
Lançado pela editora Record, o livro pode ser adquirido neste link.
Confira a entrevista completa
Brasil de Fato - De onde veio a decisão de assinar um livro com o João do Rio? Porque, no fim das contas, é o livro original com comentários de Luiz Antônio Simas.
Luiz Antônio Simas - João do Rio foi uma inspiração enorme para o meu trabalho. Eu sou um carioca que estuda basicamente as ruas do Rio de Janeiro e, quando você estuda as ruas do Rio de Janeiro e as sociabilidades nelas, é inevitável que você passe por João do Rio.
Eu escrevi há alguns anos um livro chamado Corpo Encantado das Ruas, que é um diálogo com a Alma Encantadora das Ruas, em que, um século depois, eu tento revisitar a cidade de João do Rio. O livro, inclusive, é dedicado a João do Rio, a Walter Benjamin e ao Exu Tranca Rua das Almas.
Os meus comentários em A Alma Encantadora das Ruas são muito curiosos. Porque, quando João do Rio foi escolhido para ser o homenageado da Flip, eu recorri às minhas anotações sobre ele, porque eu li o livro diversas vezes, anotei, tenho fichamentos, etc.
A obra, de certa maneira, está muito localizada no Rio de Janeiro entre o fim do século XIX e o início do século XX. Então, a minha ideia foi tentar trazer para o leitor(a) de hoje, de 2024, que cidade era essa.
Por exemplo, o João do Rio só chamava a rua Primeiro de Março de rua Direita. Ele chamava a região que hoje é o Boulevard Olímpico, de praia de Dom Manoel. As minhas notas e comentários tentam mostrar ao leitor de hoje de qual cidade João do Rio está falando.
Eu faço notas dizendo, por exemplo, “essa rua que João do Rio menciona, hoje, é isso aqui. Essa praia que João do Rio menciona, por incrível que pareça, hoje é a rodoviária do Rio de Janeiro”. Então, de certa maneira, é um diálogo com João do Rio, a partir de 2024.
Eu não procurei fazer comentários no sentido de analisar criticamente a obra. É uma tentativa de mostrar que João do Rio é contemporâneo, que ele pode e deve ser lido por uma pessoa que está vivendo no século XXI, carioca ou não.
Eu acabei também propondo um certo guia sentimental.
Você fez uma comparação muito bonita entre João do Rio e Exu. Que comparação é essa? A partir do que você construiu essa ligação ancestral entre os dois?
Primeiro porque o Rio de Janeiro é uma cidade profundamente africana. É uma cidade oficialmente fundada para expulsar franceses, no século XVI, que, num certo momento, queria ser francesa, para negar que é uma grande cidade africana do Brasil, ao lado de Salvador (BA), de São Luís (MA) e do Recife (PE). O Brasil tem quatro grandes cidades que, a rigor, são atlânticas, são africanas.
O Rio de Janeiro é muito impactante. Se você tira do Rio de Janeiro as referências da cultura africana, não sobra cidade. Você não fala nada. A cultura do Rio de Janeiro morre, ela não existe. Então, o Rio de Janeiro precisa se assumir como uma cidade atlântica e fundamentalmente africana, sobretudo bantu. Isso é imprescindível. Quando falo bantu, me refiro ao complexo civilizatório do Congo-Angola. Isso é o Rio de Janeiro.
Quando evoco o Exu, é uma maneira de provocar o próprio João do Rio, porque ele teve a coragem de ir aos subterrâneos da cidade e registrá-los, mas não conseguiu romper com o racismo religioso.
As Religiões do Rio, também de João do Rio, é um livro fundamental por aquilo que ele registra, mas é um livro que percorre o ambiente do racismo religioso, considerando que a herança negra nas espiritualidades, nas filosofias e nos afetos do Rio de Janeiro, seria, de alguma maneira, uma barbárie.
Então, quando a gente fala de João do Rio, quando o homenageamos, é também falando das limitações. Não é para dourar a pílula. O racismo religioso é uma chaga que atravessa a história do Brasil e da qual João do Rio não esteve imune.
É evidente que a gente tem que ter ponderações para julgar uma pessoa que viveu no início do século 20. Isso é importante. Mas, quando evoco o Exu é para dizer provocativamente que João do Rio talvez nem imaginasse isso, mas ele foi o Exu.
Eu invoquei na Flip, inclusive, a questão da carapaça de Exu. Há um mito muito famoso que diz que Exu usa um filar, uma carapaça, vermelho e preto, representando a dualidade e mostrando que não existe uma verdade absoluta. Há quem enxergue o preto e há quem enxergue o vermelho.
Aí, eu digo que, de certa maneira, João do Rio botou a carapaça de Exu, botou o filar de Exu. Porque, de um lado, ele vive no Rio de Janeiro que quer ser francês e ele gostava disso, mas, por outro lado, ele mergulha no Rio de Janeiro que é africano.
Era essa dicotomia entre os salões e a rua, entre o filar que é vermelho e o que é preto. Era um homem dividido entre o fascínio dos salões e o assombro da rua. Eu acho que essa dicotomia caracteriza João do Rio.
Ou seja, quando eu evoco o Exu, é uma homenagem a João do Rio, mas também é uma provocação histórica. Há um João que foi preconceituoso com as religiosidades afro-brasileiras.
É também mostrando que a cidade nem é o vermelho nem é o preto, ela mora na encruzilhada entre aquela que quer ser francesa e aquela que não tem para onde correr, porque ela é profundamente africana.
Queria fazer uma provocação, uma brincadeira. Como seria o João do Rio tendo uma conta no Instagram. Será que ele ia usar as ferramentas digitais para conseguir retratar essas minúcias da vida?
É hipotético, mas eu acho que ele teria. João do Rio foi um homem antenado com o seu tempo, foi antenado com a rapidez da crônica, que, naquela época, era esse contato imediato.
Eu não imagino o João do Rio fechado em “torres de castelos”. Eu imagino que teria uma conta, que faria registros em sua conta, que estaria contemporaneamente lidando com a cidade, lidando com o imediato.
Então, ao conhecer um pouco a vida do João do Rio, diria que ele hoje seria um sujeito que iria interagir com esse sentido de urgência do contemporâneo. A crônica era o sentido de urgência do início do século XX. Eu imagino, é uma hipótese, uma conta que teria uma quantidade exorbitante de seguidores, falando sobre os instantâneos da vida, da rua e da cidade.
Brasil de Fato - Em A Alma Encantadora das Ruas, tem um trecho que diz que “a rua continua matando os substantivos, transformando a significação dos termos e impondo aos dicionários as palavras que inventa”. Eu queria que você falasse um pouco sobre essa língua que a rua impõe.
Luiz Antônio Simas - Na verdade, o que João do Rio está dizendo é que a língua é viva. Se a cidade é viva, a língua da cidade também é viva. Ela está presente o tempo todo e vai se reconstruindo cotidianamente. A língua morta é aquela que não se renova, que fica encapsulada pelas normas oficiais.
Dona Lélia Gonzalez, uma grande intelectual brasileira, falava do “pretoguês”. O Rio de Janeiro é civilizado pela África e os cariocas têm que se convencer disso. Somos uma cidade que foi civilizada pelas Áfricas em relação aos seus sons, aos seus cheiros, aos seus batuques, às suas corporeidades e às suas maneiras de lidar com a rua.
O Rio de Janeiro é uma cidade africana e não adianta viver esse mito da “cidade maravilhosa de padrão europeu”. Esquece. A nossa beleza e a nossa construção civilizatória é do Rio Negro. Não tenha dúvida. Isso daqui é Bacongo, é uma continuidade do Congo-Angola.
Então, quando eu reivindico para o Rio de Janeiro o status de uma cidade atlântica, afro lusitana, é isso que eu estou dizendo. A nossa língua é lambuzada pelos sentidos sonoros que a rua estabelece. A rua é viva. A rua é soberana. A rua molda a cidade.
A língua que essa cidade fala não foi estabelecida nas “cultas gramáticas”, mas foi estabelecida na beleza do fluxo entre os diversos contatos e as culturas, que, a partir da rua, construíram o espanto civilizatório que é o Rio de Janeiro.
O Rio é um espanto, um assombro, onde a vida persevera diante de um projeto que era de morte. Isso é que é a beleza do Rio de Janeiro.
Estamos vivendo nesses últimos dias uma feliz efervescência de mobilização popular pelo fim da jornada 6x1. Pelas anotações de João do Rio ou pelas próprias pesquisas de Luiz Antônio Simas, conseguimos identificar, na transição de século XIX para o século XX, ou até antes, outras mobilizações que reivindicavam esse tipo de conquista?
É claro que sim, até porque o Joaquim Nabuco dizia uma coisa que é muito séria: “acabar com a escravidão vai ser fácil. Agora, acabar com a obra da escravidão vai ser uma tarefa difícil”. A obra está aí.
Pouca gente menciona, por exemplo, a grande Greve Geral de 1919, que paralisou o Rio de Janeiro, que uniu os anarquistas, que uniu os pretos do Rio, e que reivindicava conquistas sociais dos trabalhadores. Isso está presente.
O Sindicato dos Homens Pretos da Estiva fundou uma escola de samba, a Império Serrano, que é a escola dos macumbeiros e dos trabalhadores, que elaboraram um estatuto fundamentado na ideia de que “não há trabalho sem a festa”.
Eu indico a história da Império Serrano para quem quiser estudar a história das lutas trabalhistas pretas e do samba do Rio de Janeiro. É impressionante aqueles estivadores, que diziam que a gente tem que ter o tempo da folgança, o tempo do samba, o tempo do encontro e o tempo da sociabilidade.
Ou seja, essas lutas vêm de longe e passam por essas questões. O problema é que esse Brasil horroroso, esse Brasil excludente, esse Brasil pensado como um projeto de horror, é um Brasil aniquilador e domesticador dos corpos que não são brancos.
Então, todas as vezes em que esses corpos se manifestam soberanamente, o Brasil do horror reage a essa luta.
É uma luta de longuíssima duração e eu acho que a gente tem que pensá-la numa perspectiva de diálogo com a tradição escravocrata. É uma luta que tem que se manifestar em Palmares, no Quilombo do Campo Grande e no Quilombo das Estivas.
É a afirmação da vida, diante de projetos de morte que se fundamentam na domesticação dos corpos pelo horror do capital.
Antes dessa publicação de João do Rio, você também publicou Maldito Invento dum Baronete, que conta a história do jogo do bicho especialmente no Rio de Janeiro. Queria te ouvir sobre o que podemos refletir em relação ao jogo do bicho, frente a essa ascensão assustadora das bets no Brasil.
Do Império Romano aos dias atuais, a humanidade joga. A gente também não pode tentar entender o homem e a mulher como seres encapsulados na pureza.
Mas, de certa maneira, eu acho que tem uma diferença. A história do jogo do bicho é uma história também de sociabilidade constituída nas ruas, no pós-abolição. Guardados os dilemas, os problemas e especialmente a questão do crime, tem uma “sociabilidade rueira” no jogo do bicho que as bets não têm.
As bets estão inseridas em um contexto mais amplo que é o fenômeno “da morte da rua”, de uma vida encapsulada nas telas. Isso é terrível e obedece aos ditames do grande capital.
O jogo do bicho vai morrer. A juventude não sabe apostar no jogo do bicho e não frequenta a esquina. Ela não conversa. Ela não para no botequim ou na portaria e pergunta para o porteiro como é que se interpreta um sonho.
A gente pensa que é brincadeira, mas eu sou um historiador da cultura. Eu não sou um sujeito interessado em uma história policialesca do Brasil. Eu estou interessado nas construções de sociabilidade estabelecidas pelo povo brasileiro.
Então, acho que o jogo entre o bicho e as bets, na verdade, é um jogo que sintoniza algo que é mais profundo: é um jogo entre o encanto da rua e o desencanto da tela.
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Edição: Martina Medina