Nesta quarta-feira (4), os “Modos de Fazer Queijo Minas Artesanal” se tornaram Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A cerimônia aconteceu na cidade de Assunção, capital do Paraguai.
O marco é motivo de orgulho aos mineiros, tendo em vista que é a primeira vez que a organização internacional concede a premiação para itens da gastronomia brasileira. Dessa forma, a feitura do queijo mineiro se junta à prateleira do “Café Árabe” e da “Arte do Pizzaiolo Napolitano”, outros modos de preparo gastronômico que foram reconhecidos internacionalmente.
Patrimônio Mineiro
Em 2002, a produção do queijo minas artesanal já havia se tornado patrimônio de Minas Gerais. Em 2008, a ação foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tornando-a patrimônio nacional.
Em março do ano passado, a Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo) fez o requerimento para a candidatura do então patrimônio nacional à premiação da Unesco, levando a produção do queijo ao prêmio desta quarta.
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Outros itens culturais brasileiros também fazem parte da lista da Unesco, entre eles o samba de roda no Recôncavo Baiano; a arte Kusiwa; o frevo, expressão do carnaval de Recife; o círio de Nossa Senhora de Nazaré; a roda de Capoeira; e o Complexo Cultural do Bumba meu boi do Maranhão.
Produção
A produção do queijo é feita com o leite cru, de forma totalmente manual, sem processos mecânicos, e acontece em 106 cidades do estado há mais de três séculos. A atividade é crucial para a sobrevivência de famílias da agricultura familiar, que são constantemente ameaçadas pela presença e crescimento do agronegócio em Minas Gerais.
Na cerimônia, a ministra da cultura, Margareth Menezes afirmou que “os sabores brasileiros são uma de nossas muitas riquezas. Fazer queijo, culturalmente, traz consigo as características de um território e de seu povo”.
Fonte: BdF Minas Gerais
Edição: Ana Carolina Vasconcelos