[Em] tudo o que eu escrevo, eu faço questão de deixar claro que o personagem preto tem história
Elísio Lopes Júnior é o roteirista e dramaturgo responsável por levar aos palcos a obra de Itamar Vieira Junior, Torto Arado. O musical estreou em Salvador e chegou a São Paulo com os ingressos esgotados, em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
O espetáculo, que busca extrair o máximo da história narrada nas páginas do livro, expressa a fé, a cultura, a arte, os corpos e os desafios enfrentados pelo povo da chamada “Bahia da água doce”, mas também de todo o Brasil.
“De forma que as pessoas conhecessem um pouco mais das suas próprias histórias, mesmo que você não seja da Bahia. Aquilo ali é um extrato do Brasil. Estamos falando do país de hoje, que existe e que, às vezes, não chega às telas e aos palcos. Torto Arado traz uma oportunidade de o público conhecer um pouquinho mais de um país e de um povo que também somos todos nós”, explica o diretor, em entrevista ao programa Bem Viver desta sexta-feira (6).
A equipe que produziu e atua no espetáculo é majoritariamente negra e, como diz Elísio, afrocentrada e consciente. Para ele, isso é um movimento de profunda transformação do cenário artístico do país que, historicamente, foi marcado pela ausência ou pela representação estereotipada desses atores.
“Tudo o que eu faço, tudo o que eu escrevo, eu faço questão de deixar claro que o personagem preto tem história, tem família, tem emprego, tem desejo próprio. Ele também ama. Isso é um processo de reeducação. Como fomos ‘deseducados’ durante muitos anos, a gente agora precisa fazer essa compensação”, comenta o diretor.
Elísio também foi um dos autores da novela Amor Perfeito, da rede Globo, e roteirista do espetáculo dos 50 anos do Ilê Aiyê. Para o dramaturgo, contar a história do povo brasileiro e de sua diversidade, a partir da arte, pode ser revolucionário.
“Nosso objetivo era olhar para o lugar da potência e não pelo lugar da ausência. É olhar o que é que essas pessoas conseguem construir. Não somos dignos de piedade, somos dignos de respeito e de oportunidades”, enfatiza.
Leia a entrevista completa ou ouça o áudio que acompanha esta reportagem.
Brasil de Fato - Como é estrear com todos os ingressos já vendidos? Dá um entusiasmo a mais?
Elísio Lopes Júnior - Quando a gente monta um espetáculo, costumamos dizer que o público é o último personagem para entrar na história, porque é quando a plateia entra que a gente começa a entender como é que aquilo que a gente criou e imaginou vai dialogar com o público.
A gente não fazia a menor ideia que iríamos esgotar as duas temporadas iniciais em Salvador. Também não imaginávamos que chegaríamos em São Paulo e que, no dia da estreia, a gente já não teria mais nenhum ingresso à venda. Não é possível prever e nem criar imaginando isso. O que existe é um desejo muito forte de se comunicar. Esse acontecimento, do público se interessar de uma forma tão contundente em assistir o espetáculo, existe porque o brasileiro quer conhecer mais sobre a sua própria história. Isso é algo que me toca desde a primeira temporada.
A gente traz um a obra do Itamar Vieira Junior, Torto Arado, livro original que dá nome à trama do espetáculo. Ele fala de uma Bahia que não é uma Bahia muito conhecida. Não é a Bahia praieira de de Jorge Amado, nem a do sertão, da seca do Cangaço. É uma Bahia que a gente chama de "Bahia da água doce”, das pedras, da chapada, das cachoeiras, dos rios, das matas e da fé mística, que mistura todos os elementos da história baseada no jarê, religião que norteia a vida desses personagens. O jarê é a maior expressão do comunismo que eu já consegui ter acesso. Eles escutam os santos, os orixás e os encantados, acreditam nas místicas, nas folhas e no espiritismo. A gente mirou e desejou construir uma saga ancestral feminina. Esse é o objetivo do espetáculo.
É você entender o que os seus antepassados vivem. O que você constrói e escolhe na sua existência neste plano reflete em quem vem depois de você. Isso é uma crença que a gente realmente tem, de que todas essas fés congregam nessa direção. Foi esse o nosso estímulo para construir o espetáculo, de forma que as pessoas conhecessem um pouco mais das suas próprias histórias, mesmo que você não seja da Bahia ou da chapada. Aquilo ali é um extrato do Brasil.
São pessoas que existem e que continuam. Não é histórico ou uma situação que não existe mais. Na verdade, o Itamar, na experiência que ele nos traz dos diálogos sobre o livro, fala dos flagrantes da atualidade. Ele vê pessoas naquelas condições, vivendo ainda sem direito a um pedaço de chão, sem direito à sua própria moradia, sem condições de trabalho.
Estamos falando então do Brasil de hoje, que existe e que às vezes não chega às telas e aos palcos. Torto Arado traz uma oportunidade do público conhecer um pouquinho mais de um país e de um povo que também somos todos nós.
O reconhecimento do público em buscar esses ingressos só confirma a nossa certeza de que vale a pena falar sobre o Brasil e sobre os brasileiros. Vale a pena contar histórias do nosso povo e da nossa forma, com a nossa música, com a nossa estética, com o nosso sotaque.
Quais foram os maiores desafios de adaptar uma obra premiada que o Brasil inteiro leu?
Elísio Lopes Júnior - Eu recebi esse convite em março da Maré Produções, que é a produtora que realiza espetáculo, uma produtora baiana que tem projetos no país inteiro. Quando me disseram que queriam fazer um musical de Torto Arado, eu me assustei um pouco. Já tinha lido o livro durante a pandemia e ele não me remetia diretamente a um musical, porque você vai imediatamente para os estereótipos.
Você começa a pensar nos modelos de musicais internacionais, importados. E isso fez eu não conseguir enxergar essa história narrada e contada nessa estética. Mas eu disse: 'Eu vou voltar a ler esse livro e eu te respondo’. E aí, depois de ler novamente, me trouxe uma referência muito importante em relação às religiões de matriz africana e indigena.
Elas cultuam a fé cantando e dançando, e isso, para mim, foi uma chave muito importante na construção do espetáculo. A fé afro-brasileira e indígena usa a música e a dança para cultuar suas entidades. Daí, eu disse: 'Sim, pode ser um musical feito da nossa forma, com os nossos ritmos e crenças'.
O objetivo foi pegar uma história tão áspera, que registra tão de perto a miséria, e trazer a dignidade que está ali dentro. Não é olhar de fora e dizer ‘como essas pessoas são pobres e sofridas’, mas é dizer que dali emerge uma força, uma fé, e a construção de uma inteligência social. Foi isso o que a gente buscou registrar no espetáculo, a beleza que tem ali, pensando a cenografia onde as coisas brotassem do chão e tivessem organicidade com a vida daqueles personagens.
As músicas precisavam contar também pedaços daquela história e nos ajudar a dar conta da narrativa. Minha preocupação era ter o livro da forma mais íntegra possível. Por isso, a escolha de manter a estrutura narrativa dele, com três narradores. Bibiana começa, depois vem a Belonísia e, em terceiro, a Santa Rita pescadeira. Eu tentei manter essa estrutura narrativa que o livro oferece e pegar o eixo principal das tramas, para que quem é fã do livro também se sentisse contemplado dentro do espetáculo.
É muito importante não fazer uma viagem dentro do livro e sim trazer o livro para o universo cênico. Tem muitos musicais ali dentro. Eu poderia, por exemplo, fazer um musical protagonizado por Zeca Chapéu Grande. Poderia fazer um musical baseado só na história da terra e não das meninas. São muitas opções. Inclusive, espero que outros musicais surjam porque tem muita história para contar ali dentro.
Nós escolhemos o eixo dessas três mulheres, da Bibiana, da Belonísia e da avó, porque a história delas com os encantados começa com avó, que é uma memória, uma lembrança, uma citação. Mas a gente traz ela como vida presente, porque ali é que essa cadeia ancestral se estrutura. Foi um trabalho de oito mãos. As músicas estão ali muito amarradas na contação da história e Itamar foi muito gentil ao dizer que a ‘a obra dele era o que está no livro e, dali para frente, era o que a gente fizesse da obra dele’.
Foi um trabalho de oito mãos, porque eu considero o [Jarbas] Bittencourt como um diretor musical e também autor desse espetáculo, porque as músicas também estão ali muito amarradas na contação da história.
A melhor parte foi ver a emoção de Itamar na estreia do espetáculo. Foi muito bonito, porque ele disse: ‘Tá tudo aí. O livro está todo aqui’. Ele conta que assistiu ao espetáculo como um espectador, como uma pessoa comum, e se encantou, se envolveu.
Agora, ele veio de novo para a estreia aqui em São Paulo e disse ‘eu vi mais coisas, mais pedaços do livro’. Tem personagens que aparecem, que são passagens, são detalhes que estão no livro, que quando você assiste de novo você começa a ver. As histórias que a gente não consegue contar completamente, trazemos referências ao longo do espetáculo.
O livro tem muito conteúdo, mas tivemos também uma equipe muito aguerrida, atores muito dedicados. Foi um trabalho muito coletivo, realizado por uma equipe muito comprometida, que nos permitiu chegar até o coração de quem leu e de quem não leu o livro. Temos uma boa parte da plateia que ainda não leu e saiu dizendo que quer ler.
Acho que esse é o papel da arte e da transposição das páginas para o palco e do palco para as páginas. Quando a gente consegue fazer esse ciclo, nos fortalecemos e fortalecemos o país.
Nosso objetivo era olhar para o lugar da potência e não pelo lugar da ausência. É olhar o que é que essas pessoas conseguem construir. Isso é a diferença de você ter uma equipe de criação afro centrada, consciente, que olha as coisas de dentro e não à distância e com piedade. Não somos dignos de piedade, somos dignos de respeito e de oportunidades.
Qual é a importância da representatividade e da questão estética, em um cenário em que ainda há muitas mazelas e muita violência?
Eu costumo dizer que vivemos 60 anos de televisão consumindo um lugar estereotipado para os personagens pretos, que, em sua maioria, não tinham casa, não tinham um cenário próprio, não tinham família. Também não tinham desejo próprio e viviam do desejo do protagonista, do melhor amigo ou do patrão.
É preciso mudar essa perspectiva. Tudo o que eu faço, tudo o que eu escrevo, eu faço questão de deixar claro que o personagem preto tem história, tem família, tem emprego, tem desejo próprio. Ele também ama, também pode beijar na boca e comer uma panela de brigadeiro. São coisas que parecem corriqueiras e simples, mas a gente passou muitos anos sem poder consumir esse conteúdo.
Agora, a gente precisa se acostumar a consumir e a se achar bonito, digno e belo. Também precisamos entender que as capas de revista podem ser dessas pessoas, a publicidade também pode ser para essas pessoas. Isso é um processo de reeducação. Como fomos ‘deseducados’ durante muitos anos, a gente agora precisa fazer essa compensação.
Não basta você colocar um ator preto na televisão e dizer que ele é protagonista de uma história, se essa história escrita é vista de fora. Vista de fora da pele daquele personagem. Não é como se quisessem que todos os atores e personagens agora sejam negros. Não é para ninguém sair da sua função. Mas é para deixar entrar outros. Deixar entrar diretores, autores e atores pretos com outras visões. A gente precisa ouvir as vozes diferentes, se colocando através das suas criações, para que a gente realmente consiga ter diversidade.
Não é uma defesa de uma compensação que exclua ninguém, ao contrário, é uma colocação de quem não estava conseguindo se expressar e não tinha espaço.
Vou te dar um exemplo. Amor Perfeito é um exemplo bem didático. É a primeira novela de época que você tem personagens que não são escravizados e que não usam cabelos alisados, nem perucas e nem apliques de cabelo alisado. Os nossos personagens pretos todos usam tranças, usam seu cabelo original. Isso não acontecia e precisa ser normalizado, porque o país onde a gente vive não é aquele país do aplique de cabelo alisado para todos os personagens pretos, para que eles se encaixem num modelo de estética.
O Brasil é enorme. Se você for buscar a realidade desse país nos anos 40, você vai ver que essas pessoas existiram, como existiam médicos pretos e engenheiros pretos. Eles são poucos, são, porque os acessos do país são poucos. Mas a gente pode virar a câmera para esses personagens e dizer ‘olha, existimos há muito tempo’, e essa construção não é de hoje.
Esse é um dos meus objetivos como escritor, como autor: contar a história dos meus pelos exemplos que podem gerar movimentos positivos e de multiplicação desse acontecimento. Ser o único não é uma opção saudável para ninguém. Eu acho que é essa configuração de Brasil diversos que vai nos fazer avançar e normalizar a nossa existência e a de todos os corpos.
Podemos ter expectativas da apresentação do musical em mais datas neste ano ou no ano que vem? Está nos planos uma continuidade da parceria com Itamar?
Sim. A gente encerra a temporada em São Paulo no dia 15 de dezembro. A gente está no Sesc 14 Bis e, lá, existe uma coisa chamada ‘fila da esperança’, para quem não conseguiu o ingresso. Sempre tem uma média de 15, 20, 30 pessoas que, por algum motivo, não vão. Às vezes são convites do próprio Sesc para patrocinadores que não usam. Então, tem uma possibilidade, sim.
Em 2025, nosso plano é voltar a São Paulo, mas ainda não temos datas. Há a previsão também de passarmos pelo Rio de Janeiro no primeiro semestre.
Na estreia do dia 20 de novembro, Itamar recebeu o Prêmio Jabuti e subiu no palco para ser aplaudido no fim do musical. Foi um momento de emoção muito grande para nós e para ele. O sonho existe e a cobrança já começou. A gente sentiu nas redes do musical as pessoas pedindo o Salvar o Fogo e a trilogia de um livro que ele ainda nem lançou sobre a Chapada Velha.
Então, o desejo existe, mas está no desejo. A gente acredita que Torto Arado tem ainda uma trajetória para cumprir e queremos que ele seja visto pelo máximo de pessoas, porque é importante que a literatura brasileira tenha esse lugar de espetáculo e de acesso aos públicos.
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Edição: Martina Medina