trabalho extenuante

Escala 10x1 no Zaffari: Comissão da Câmara solicita investigação ao Ministério do Trabalho após denúncia do BdF

'Denúncia gravíssima', diz presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada federal Daiana Santos (PCdoB)

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Denúncias de escala 10x1 envolvem a Companhia Zaffari, uma das principais redes de supermercados e hipermercados do RS - Foto: Mateus Raugust/PMPA

A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados, presidida pela deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS), oficiou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para que sejam tomadas providências diante de denúncias envolvendo a Companhia Zaffari, uma das principais redes de supermercados e hipermercados do Rio Grande do Sul. O pedido é para que o ministério avalie a abertura de uma investigação contra a empresa.

“Enquanto o país discute o fim da escala 6x1, aqui no estado nos deparamos com essa denúncia gravíssima. Trata-se de uma das maiores empresas do Rio Grande do Sul, a líder no seu setor, que coloca o lucro acima de tudo. A companhia enriquece ainda mais às custas da exploração, do suor e da saúde dos trabalhadores. Isso é inadmissível”, argumentou a deputada Daiana Santos.

Segundo reportagem do Brasil de Fato, em parceria com o jornal O Futuro, funcionários da Companhia Zaffari denunciaram a empresa por impor uma escala de trabalho 10x1, que obriga os trabalhadores a laborarem por até 10 dias consecutivos sem folga semanal, o que está em desacordo com a legislação trabalhista vigente.

“A comissão tem o papel de receber, avaliar e investigar denúncias relacionadas a ameaças ou violações de direitos humanos”, explica a deputada. “Por isso, estamos solicitando que sejam adotadas as medidas cabíveis para investigar essas denúncias, ouvindo tanto os trabalhadores quanto representantes da Companhia Zaffari e do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec-Poa)”, acrescenta.

O Brasil de Fato RS procurou a Companhia Zaffari, o Sindec-Poa e o Ministério do Trabalho e Emprego e aguarda os posicionamentos. O espaço segue aberto.

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Vivian Virissimo