racismo

Mulher que levou coroa de flores a Lula e chamou agente da PF de macaco recebe R$ 14 mil do Exército

Maria Cristina também é acusada de proferir ofensas racistas contra chineses em ato durante pandemia de covid-19

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Maria Cristina é conhecida entre os bolsonaristas e presença certa em atos da extrema direita - Paulo Pinto/Agência Brasil

Maria Cristina de Araújo Rocha, a mulher que levou uma coroa de flores até a residência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em São Paulo, é pensionista por ser filha de militar e recebe R$ 14,5 mil por mês desde 2009.

Na porta da casa de Lula, Maria Cristina chamou um agente da Polícia Federal (PF), que faz a segurança do presidente, de "macaco". Por isso, foi detida, mas já foi liberada. Ela é filha do general Virgílio da Silva Rocha, que foi instrutor de academia militar.

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Maria Cristina se gaba nas redes sociais de ser amiga do general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, que teria sido aluno de seu pai. O militar é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Entre os bolsonaristas, Maria Cristina é conhecida e figura carimbada nas manifestações da extrema direita na capital paulista. Em 2020, durante a pandemia de covid-19, participou de um ato em frente a embaixada da China na cidade.

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Durante a manifestação, teria proferido diversas ofensas contra a equipe da embaixada, todos chineses. "China, desgraça do mundo. Vírus made in China", "China fora do Brasil. Seu vírus acabado com os empregos", "Vírus chinês acabando com o mundo. Fora China!" e "Não tá na hora de voltar para quele país imundo? Chinês maldito", teriam sido alguns dos impropérios ditos pela ativista bolsonarista, que lhe renderam um processo por racismo, segundo o site Brasil 247. O vídeo que mostrava a participação da mulher na manifestação está no modo privado do YouTube.

Ainda em 2020, Maria Cristina, que integrava um movimento de extrema direita chamado "Ativistas independentes", foi a uma manifestação antifascista, na avenida Paulista, em São Paulo, com um taco de baseball e teve que ser retirada do espaço para que não fosse agredida pelos manifestantes.

A defesa de Maria Cristina não foi localizada. O espaço segue aberto à manifestação.

Edição: Thalita Pires