Milhares de trabalhadores nas instalações da Amazon em todos os Estados Unidos entraram em greve na quinta-feira (18) interrompendo o trabalho no auge da movimentada temporada de presentes de fim de ano.
O sindicato Teamsters Union, que representa cerca de 10 mil trabalhadores nas instalações da grande varejista on-line em todo o país, afirmou que esta é “a maior greve contra a Amazon na história dos EUA”. No ano passado, a Amazon registrou um lucro líquido de 30 bilhões de dólares (R$ 185,5 bilhões na cotação atual) sobre uma receita de 575 bilhões (R$ 3,5 trilhões na cotação atual).
Menos de uma semana antes do feriado de Natal, a greve ameaça uma interrupção significativa das entregas de pedidos da Amazon, já que os americanos correm para enviar presentes de última hora.
“Se o seu pacote atrasar durante as festas de fim de ano, você pode culpar a ganância insaciável da Amazon”, disse o chefe do Teamsters, Sean O'Brien, no comunicado. “Demos à Amazon um prazo claro para que se reunisse e fizesse o que é certo para nossos membros. Eles o ignoraram.”
Os trabalhadores farão piquetes nas instalações de Nova York, Atlanta, sul da Califórnia, São Francisco e Illinois, com outros trabalhadores “preparados para se juntar a eles”, disse o sindicato em um comunicado.
“A ação nacional segue a recusa repetida da Amazon em seguir a lei e negociar com os milhares de trabalhadores da Amazon que se organizaram com os Teamsters”. Os trabalhadores de uma unidade de Nova York se tornaram os primeiros funcionários da Amazon a se sindicalizar em abril de 2022, com vários outros locais desde então seguindo o exemplo.
Originalmente um sindicato independente, os trabalhadores da Amazon votaram em junho para se afiliarem ao Teamsters. A Amazon tem procurado repetidamente bloquear os esforços de sindicalização, com processos legais ainda em andamento.
*Com AFP
Edição: Leandro Melito