Protesto

Trabalhadores da Amazon nos EUA anunciam greve na véspera do Natal

Menos de uma semana antes do feriado de Natal, greve ameaça uma interrupção significativa das entregas de pedidos

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Estação de empacotamento de um centro de redistribuição da gigante americana de varejo on-line Amazon em Horn-Bad Meinberg, oeste da Alemanha, em 9 de dezembro de 2024 - Ina FASSBENDER / AFP

Milhares de trabalhadores nas instalações da Amazon em todos os Estados Unidos entraram em greve na quinta-feira (18) interrompendo o trabalho no auge da movimentada temporada de presentes de fim de ano.

O sindicato Teamsters Union, que representa cerca de 10 mil trabalhadores nas instalações da grande varejista on-line em todo o país, afirmou que esta é “a maior greve contra a Amazon na história dos EUA”. No ano passado, a Amazon registrou um lucro líquido de 30 bilhões de dólares (R$ 185,5 bilhões na cotação atual) sobre uma receita de 575 bilhões (R$ 3,5 trilhões na cotação atual).

Menos de uma semana antes do feriado de Natal, a greve ameaça uma interrupção significativa das entregas de pedidos da Amazon, já que os americanos correm para enviar presentes de última hora.

“Se o seu pacote atrasar durante as festas de fim de ano, você pode culpar a ganância insaciável da Amazon”, disse o chefe do Teamsters, Sean O'Brien, no comunicado. “Demos à Amazon um prazo claro para que se reunisse e fizesse o que é certo para nossos membros. Eles o ignoraram.”

Os trabalhadores farão piquetes nas instalações de Nova York, Atlanta, sul da Califórnia, São Francisco e Illinois, com outros trabalhadores “preparados para se juntar a eles”, disse o sindicato em um comunicado.

“A ação nacional segue a recusa repetida da Amazon em seguir a lei e negociar com os milhares de trabalhadores da Amazon que se organizaram com os Teamsters”. Os trabalhadores de uma unidade de Nova York se tornaram os primeiros funcionários da Amazon a se sindicalizar em abril de 2022, com vários outros locais desde então seguindo o exemplo.

Originalmente um sindicato independente, os trabalhadores da Amazon votaram em junho para se afiliarem ao Teamsters. A Amazon tem procurado repetidamente bloquear os esforços de sindicalização, com processos legais ainda em andamento.

*Com AFP

Edição: Leandro Melito