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Entrevista

Brasil tem ceia de Natal ‘colonizada’, mas é possível dar toque brasileiro, afirma nutricionista; confira dicas

Bianca Salgado conversou com o Brasil de Fato sobre tradições e cultura alimentar do Brasil

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24.dez.2024 às 17h01
Fortaleza (CE)
Francisco Barbosa

Alimentos regionais, de época, são uma boa pedida para diversificar e colorir a ceia - Daividson Luna / Unsplash

Os preços dos alimentos pesam no bolso do consumidor, ao passo que produtos mais baratos, como os ultraprocessados, aparecem como alternativas alimentares de baixo custo, ainda que não ofereçam a mesma qualidade dos in natura ou minimamente processados, recomendados pelo Guia Alimentar para a População Brasileira. Nas festividades de Natal e Ano Novo, muitos familiares e amigos se reúnem em torno da mesa para compartilhar as delícias. É possível ter opções mais baratas e nutritivas? Para responder essas e outras perguntas, o Brasil de Fato conversou com Bianca Salgado, nutricionista nordestina com abordagem comportamental e pós-graduada em Transtornos Alimentares pela PUC-RIO. Na conversa, ela destaca que a ceia de Natal brasileira é "colonizada", mas que é possível dar um toque regional e deixar a mesa mais brasileira, sem perder a tradição. 

Confira a entrevista:

Brasil de Fato: comer é um ato político? Alimentação tem a ver com política? 

Bianca Salgado: tem tudo a ver. No Brasil, o direito humano à alimentação adequada já estava previsto como um direito fundamental na Constituição de 1988, mas só em 2006, com a Lei Orgânica, foi criado Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN com vistas em assegurar o cumprimento da Constituição.

Ainda é muito recente a discussão política da alimentação no Brasil, porque é muito recente também que a alimentação entra em um sistema para garantir a segurança alimentar e nutricional do povo. A gente está discutindo agora a reforma tributária dos alimentos ultraprocessados, as bebidas açucaradas, isso afeta diretamente o acesso ao alimento saudável, alimento in natura. A gente tem um sistema que fomenta o Guia Alimentar Para a População Brasileira, que é uma ferramenta também muito importante para ajudar a trabalhar essa questão da alimentação na população.

A gente tem é uma série de questões que envolvem a alimentação. Eu sempre falo que alimentação saudável começa, inclusive, no voto de tão política que ela é. Eu preciso primeiramente entender os posicionamentos políticos de quem me representa para que eu consiga entender se vai ser algo que vai me favorecer ou não, porque o valor dos alimentos, a qualidade, o meu acesso a eles depende muito da questão política em que a gente está inserido.

E como é que está a questão da segurança alimentar da população cearense?

A população cearense tem enfrentado uma situação de muitos desafios. A última Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD), inclusive essas pesquisas epidemiológicas fazem parte do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, que foi instituído em 2006, quando começa a dar uma base maior sobre alimentação saudável, politicamente falando, para a população brasileira, essa pesquisa nos trouxe no último trimestre de 2023 que 3,4 milhões de cearenses estavam em algum nível de insegurança alimentar. De acordo com uma escala, que é a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, que distribui em insegurança alimentar leve, grave e moderada, sendo que a maior parte dessas pessoas estavam em insegurança alimentar leve, o que não é menos preocupante.

Mas, politicamente, o Ceará tem dado passos para melhorar esse cenário. A gente tem as Cozinhas Solidárias, hoje a gente tem uma quantidade boa de Cozinhas Solidárias que são abastecidas pelo Projeto Ceará Sem fome que é muito importante, a gente tem também o Mercado AlimentaCE que dá um subsídio muito grande para essas cozinhas. A gente tem também outros programas que promovem a agricultura familiar, as redes solidárias e isso ajuda bastante a melhorar o acesso a essa alimentação.

Eu percebo que no último ano a gente vem dando passos importantes para garantir a melhora dessa situação, mas é um problema político muito mais intenso, que precisa de mudanças muito estruturais, mas que eu acho que a gente tem progredido, tem buscado.

É possível dizer como estão os valores dos produtos tradicionais da ceia de Natal?

Esses produtos estão mais caros, isso faz parte de um processo de inflação mesmo dos custos de produção e também dos produtos que a gente consome. Nós não consumimos muitos produtos que são característicos nossos, de nossa própria produção, então isso também afeta bastante o preço e o valor do que a gente percebe e acaba consumindo. Do ano passado para cá houve um aumento de mais ou menos 9% desse custo da ceia de Natal, digamos assim. Então acaba que, como esse custo de produção aumenta, isso acaba afetando diretamente a questão do consumo dessa ceia, mas tem formas de você substituir por alimentos um pouco mais baratos, o próprio frango, a carne suína, enfim, outras possibilidades, porém, realmente teve esse aumento de cerca de 9% do ano passado para cá devido a esse aumento no custo de produção.

Você saberia dizer de onde vem a cultura de alguns alimentos da ceia de Natal, como a farofa, o peru, o próprio arroz com uva-passa?

Como boa parte de algumas coisas na alimentação brasileira, a ceia de Natal sofre uma influência muito forte da colonização. Então nós temos uma ceia de Natal muito colonizada. Esses alimentos como o peru, a própria uva-passa, o arroz são hábitos de origem europeia. A farofa, não. A farofa realmente vem de uma cultura indígena, de uma cultura mais africana e indígena que tem esse hábito, mais precisamente da cultura indígena que aí já é nosso, é patrimônio brasileiro. Eu vejo também que algumas pessoas gostam de colocar sobremesa ou coisas com morango, cereja, pêssego e são frutas e vegetais que são mais típicas dessa população, ou do sul do Brasil.


A gente tem também outros programas que promovem a agricultura familiar, as redes solidárias e isso ajuda bastante a melhorar o acesso a essa alimentação. / Divulgação/MST PE

É possível trocar alguns itens da ceia Natal por algo mais característico nosso ou por outros itens mais baratos, mas sem perder nutrientes e qualidade na alimentação?

Sim, com certeza. Como eu falei, para quem é onívoro e come carne, eu acho que a substituição pelas carnes suínas, que a gente tem uma produção bacana, o frango na substituição do peru desde que seja bem temperado em preparações que façam sentido fica muito bacana. Também tem algumas opções hoje em dia de preparações que não utilizam carne para quem é vegano, vegetariano, e aí isso já ajuda bastante. Com relação às frutas, ao invés dessas frutas secas mais caras, a gente utilizar as frutas regionais como o próprio abacaxi, a própria manga, maracujá, algumas opções assim que ajudem a dar uma incrementada nessa ceia, que ficam esteticamente muito interessante, que são atrativos e que são mais típicos, são mais fáceis da gente encontrar, e outra coisa, eu sempre falo que originalidade e a tradição são coisas muito peculiares de cada família, se para você faz sentido ter macaxeira, não importa, tudo bem, você a sua família são nordestinos no Natal, faz sentido que você queira comer macaxeira, por mais que seja no Natal.

No seu perfil no Instagram você tira algumas dúvidas sobre nutrição, alimentação, corpo e até traz temas políticos. Como é esse trabalho?

No meu Instagram que é o @nutricionistasensata eu sempre estou postando algum conteúdo sobre alimentação, nutrição e política. Sempre estou trazendo alguma informação nova ou alguma discussão. Gosto de trazer umas reflexões também e aí lá tem um link da minha bio que, se você quiser falar comigo, pode falar comigo diretamente por lá. Enfim, a gente marca um cafezinho e conversa sobre a sua alimentação, que para mim vai ser um prazer ajudar.

Você pode conferir nossas entrevistas no Spotify ou no nosso perfil no Anchor.

Para receber nossas matérias diretamente no seu celular clique aqui.

Editado por: Camila Garcia
Tags: ultraprocessados
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