A prefeitura de São Paulo informou que iniciará um processo interno para romper os contratos de concessão das empresas de ônibus Transwolff e UPBus, investigadas por envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
As investigações revelaram diversas ilegalidades nas duas empresas. A Fundação Vanzolini, responsável pela consultoria, identificou irregularidades financeiras e operacionais, além de necessidades de melhorias em infraestrutura, manutenção de veículos e gestão financeira. Essas falhas foram indicadas como motivo para a mudança nas concessões.
Ambas as concessionárias estão sob intervenção desde 8 de abril de 2024, quando o Ministério Público (MP) deflagrou a Operação Fim da Linha. A operação tinha como alvo as empresas de transporte público de São Paulo suspeitas de ligação com o PCC, resultando na prisão de seis pessoas.
Entre os detidos, estava o presidente da UPBus, Ubiratan Antônio da Cunha, preso novamente na última sexta-feira (20), sob acusações de lavagem de dinheiro e organização criminosa, também relacionadas à facção.
Próximos passos
Segundo a prefeitura de São Paulo, que já anunciou que haverá um reajuste na passagem dos ônibus, não haverá prejuízos para a população. A administração municipal garantiu que os serviços da Transwolff e pela UPBus continuarão sendo prestados até que haja uma definição sobre o futuro dos contratos.
Embora inicialmente apenas a Transwolff estivesse sob risco de ter a concessão interrompida, o contrato da UPBus também será analisado. As empresas têm 15 dias para se manifestarem sobre o caso.
A Transwolff opera 142 linhas na zona sul da capital paulista, com 1.146 veículos, transportando cerca de 583 mil passageiros diariamente. Já a UPBus atende a 13 linhas na zona leste, com 158 ônibus, e transporta aproximadamente 73 mil passageiros por dia.
Edição: Thalita Pires