A lista de municípios em situação de emergência por causa da dengue no estado de São Paulo aumentou e, atualmente, conta com 21 cidades. Entre 29 de dezembro do ano passado e 4 de janeiro de 2025, a região registrou mais de 7, 2 mil casos, o que representa alta de 9,45% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Nas duas primeiras semanas epidemiológicas deste mês, o número de pessoas com suspeita da doença ultrapassou 18 mil no território paulista. Atualmente, há mais de 30 óbitos que podem ter sido causados pela dengue sob investigação.
Com a declaração de emergência, os municípios estão aptos a receber recursos adicionais e implementar ações de combate com mais agilidade. São Paulo é um dos seis estados brasileiros monitorados pelo Ministério da Saúde por causa do aumento dos casos de dengue.
De acordo com a pasta, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo também integram essa lista. Essas unidades da federação registraram um aumento de 84% nos casos da doença.
A corrida contra o tempo para controlar o cenário tem o objetivo de evitar que o Brasil tenha novamente números recorde da arbovirose. Em 2024, foram 6,6 milhões de registros no território nacional, alta de mais de 300% em relação a 2023. Cerca de 6 mil óbitos foram confirmados.
Esse aumento expressivo levou o Ministério da Saúde a instalar um Centro de Operações de Emergência (COE) para dengue e outras arboviroses. Além disso, o governo federal lançou um novo Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika.
As regiões mais críticas devem receber medidas específicas nas próximas semanas. Nesta sexta-feira (10), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou ações para Minas Gerais. Entre elas estão Estações Disseminadoras de Larvicidas, expansão do Método Wolbachia e Borrifação Residual Intradomiciliar.
Na quinta-feira (9), aconteceu a primeira reunião do COE, liderada pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel. O encontro, com a participação remota de mais de 400 pessoas, reuniu superintendentes estaduais do Ministério da Saúde, apoiadores nos estados, gestores estaduais e municipais de saúde.
Na semana que vem, equipes do ministério devem visitar Acre, Espírito Santo, São Paulo e Paraná para reforçar as medidas de controle da doença. As medidas para controle do vetor terão investimento previsto de R$ 1,5 bilhão.
Edição: Martina Medina