O consulado da Venezuela em Lisboa, capital de Portugal, foi alvo de um ataque com coquetel molotov na noite deste sábado (11), um dia após a posse de Nicolás Maduro no país caribenho. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, culpou o “fascismo” pelo ocorrido.
“Hoje, o fascismo atacou com bombas incendiárias nossa sede do Consulado Geral em Lisboa, Portugal, atentando contra os serviços prestados a nossos compatriotas”, escreveu em seu perfil no Instagram.
“As agressões irracionais de grupos desequilibrados não poderão reverter os avanços da Revolução Bolivariana. Agradecemos a rápida intervenção das autoridades portuguesas que evitou maiores danos”, adicionou o ministro. “Esperamos que as investigações iniciadas nos permitam encontrar os responsáveis e determinar as responsabilidades correspondentes”, concluiu.
Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores português publicado na rede social X condenou o ocorrido. "O Governo português condena veementemente o ataque ao consulado venezuelano em Lisboa", diz o post.
O governo de Portugal determinou "o reforço imediato da segurança e a correspondente investigação policial" e lembrou que "a inviolabilidade das missões diplomáticas deve ser respeitada em todos os casos".
Posse de Maduro
O ataque ocorreu um dia após a posse do presidente Nicolás Maduro, na Assembleia Nacional, em Caracas, em meio às acusações de fraudes eleitorais. Os dias anteriores à cerimônia foram marcados por tensão e uma disputa da oposição em torno do evento. O ex-candidato opositor, Edmundo González Urrutia, questiona os resultados e afirmou que estaria na Venezuela na sexta para tomar posse, o que não ocorreu. Ele é alvo de um mandado de prisão
Em seu discurso de posse, Maduro, que segue para o seu terceiro mandato, falou sobre a interferência dos Estados Unidos na economia venezuelana. Também disse que Washington foi derrotado ao tentar "atacar" o país.
"Tivemos força contra uma articulação pública e midiática dos EUA, que transformaram a eleição da Venezuela em uma disputa global. Não é Maduro, é um povo que cresce em um homem. Se Maduro tem sentido, é porque Chávez tem sentido. Eles tentaram transformar a eleição de um país pacífico, mas a oligarquia está derrotada, os EUA estão derrotados", afirmou.
Edição: Douglas Matos