MUNDO DO TRABALHO

Petroleiros se manifestam contra mudança nas regras de teletrabalho da Petrobras

Atos ocorreram em todo o país na última terça-feira (14)

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O movimento sindical defende que as regras do teletrabalho sejam estabelecidas por meio de negociações coletivas - Foto: divulgação/Sindipetro-NF

Na última terça-feira (14), petroleiros realizaram atos por todo país para protestar contra a alteração das regras de teletrabalho da Petrobras. No estado do Rio de Janeiro, as manifestações, convocadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos, ocorreram no Norte Fluminense e na capital, especificamente no Edifício Senado, principal prédio administrativo da empresa, localizado no centro da cidade.

“Os trabalhadores e trabalhadoras do administrativo não querem o regime que está sendo imposto pela companhia agora. Os trabalhadores querem uma negociação. Uma negociação com a FUP, com os sindicatos para que assim a gente consiga fazer uma coisa que seja boa para todo mundo”, afirmou o coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, durante o ato realizado no Parque de Tubos, em Macaé.

Segundo o Sindipetro-NF, o movimento sindical defende que as regras do teletrabalho sejam estabelecidas por meio de negociações coletivas com os sindicatos, garantindo que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e que haja um diálogo aberto sobre as condições de trabalho. Inclusive com a inclusão do tema como cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). 

A FUP encaminhou documento ao setor de Recursos Humanos da Petrobras e reforçou alguns pontos da pauta sobre o tema. Entre eles: que a regra seja negociada coletivamente; escala mensal ao invés de semanal; possibilidade de se apresentar na unidade mais próxima nos dias de trabalho presencial; previsibilidade na escala de teletrabalho e trabalho presencial; maior transparência sobre iniciar e/ou encerrar a adesão ao teletrabalho como é no programa de redução de jornada; manter as situações de teletrabalho integral atual para transferidos, PCDs (trabalhador e dependentes) e em condições de saúde grave, e ampliar essa opção para todos aptos.

O Brasil de Fato procurou a Petrobras para um posicionamento sobre as demandas dos trabalhadores, mas até o fechamento desta reportagem não recebeu nenhuma resposta. O espaço segue aberto para a manifestação da empresa. 

*Com informações do Sindipetro-NF.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Jaqueline Deister