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Desarticulação

MP da Venezuela afirma ter desmantelado organização criminosa Trem de Aragua, enquadrada por Trump como ‘terrorista’

Grupo tem atuação em diferentes países da América Latina e nos Estados Unidos; desarticulação foi feita em duas etapas

21.jan.2025 às 23h34
Caracas (Venezuela)
Lorenzo Santiago

Policia venezuelana atuou em duas etapas para desmobilizar organizações criminosas - Juan BARRETO / AFP

O Ministério Público da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (20) ter "desmantelado" o grupo criminoso Trem de Aragua em território venezuelano. Em nota, o órgão afirmou que trabalhou para conseguir prender 48 integrantes da organização e desarticular a atuação do grupo. A declaração foi feita horas antes de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar uma ordem executiva enquadrando o Trem de Aragua como uma "organização terrorista estrangeira".

De acordo com o documento assinado por Trump, a organização venezuelana ameaça a segurança dos EUA e tem uma atuação "tanto dentro quanto fora" do território estadunidense.

"Outras organizações transnacionais, como o Trem de Aragua e La Mara Salvatrucha, representam ameaças semelhantes aos Estados Unidos. Suas campanhas de violência e terror nos EUA e internacionalmente são extraordinariamente violentas, cruéis e ameaçam similarmente a estabilidade da ordem internacional no hemisfério ocidental", diz o texto.

A decisão de Trump foi tomada logo depois de sua posse para um segundo mandato. Durante o seu discurso, o novo presidente dos EUA disse que a Venezuela teve uma queda de 72% no índice de criminalidade porque "enviou os criminosos" para os Estados Unidos.

O novo governo estadunidense assinou 78 decretos que incluem medidas contra os imigrantes. Entre as determinações, está o decreto de emergência na fronteira com o México, a suspensão do programa de refugiados e a retirada do direito à cidadania automática para filhos de imigrantes em situação irregular.

Operação na Venezuela

De acordo com o MP da Venezuela, o desmantelamento do grupo foi realizado em duas etapas. Primeiro, com a localização e prisão das lideranças em 2021. Depois, com a tomada do presídio de Tocorón, em novembro de 2023. A unidade prisional era administrada pelo grupo e foi alvo de uma operação do governo para retomar o controle do presídio.

O órgão afirma que essa operação consistiu na desarticulação definitiva da organização e do seu "músculo financeiro". Ainda no comunicado, o Ministério Público admite que vários dos integrantes da organização "foram mortos em confrontos com corpos de segurança". A nota termina afirmando que "um número importante" de membros do Trem de Aragua tem mandado de prisão e alerta vermelho da Interpol e que o julgamento dos integrantes do grupo só não avançou porque muitos "recebem apoio em território colombiano".

A nota do MP contradiz o que o governo venezuelano afirmou nos últimos meses. Em fevereiro de 2024, o chanceler Yván Gil chegou a afirmar que o grupo não existia e que era uma "ficção midiática internacional" para prejudicar a imagem da Venezuela. Meses depois, a administração de Maduro denunciou a articulação do Trem de Aragua com outros grupos para impulsionar "planos golpistas" na Venezuela.

Surgimento e articulação internacional

Pesquisadores venezuelanos indicam que o grupo foi criado entre 12 e 14 anos atrás, mas há uma divergência em relação à origem da fundação. A história que se popularizou fala sobre a atuação de um grupo de pessoas ligadas a um sindicato ferroviário do estado de Aragua. Eles começaram a extorquir os contratistas e vender postos de trabalho.

Outros investigadores indicam que o grupo surgiu na penitenciária de Tocorón, no sudoeste de Caracas. Um dos principais nomes fundadores da organização era Niño Guerrero, que se tornou a liderança e a face conhecida do Trem de Aragua.

Diego Sequera é especialista em segurança pública do grupo venezuelano Missão Verdade e concorda com essa versão. Segundo ele, o mais provável é que o grupo tenha surgido na penitenciária de Tocorón, em um contexto parecido com o que foi o Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo.

"É muito habitual dizer que está ligado ao sindicato, mas minhas pesquisas mostram que o ponto de origem é a prisão de Tocorón. O tema penitenciário é uma questão não resolvida na Venezuela e é uma dívida social. Há um abandono, corrupção e foram construindo uma dinâmica interna com estruturas muito verticais", disse ao Brasil de Fato.

De acordo com o pesquisador, o grupo teve um crescimento vertiginoso e passou a ganhar força a partir do controle de alguns presídios. Isso, somado ao agravamento da crise econômica causada pelas sanções impostas pelos Estados Unidos, criou um cenário de crise que fez com que o Trem de Aragua expandisse as suas atividades e começasse a atuar em diferentes setores da economia ligados a atividades criminosas. Diego Sequera afirma que esses foram os primeiros passos para o processo de "acumulação de capital" do grupo.

Contrabando e tráfico de combustível passaram a ser os ramos seguintes de atuação, já que as medidas coercitivas estadunidenses bloquearam a venda de petróleo para o mercado internacional. Mais tarde, a organização também começa a organizar sequestros, ter controle sobre o tráfico de drogas e armas e a ter uma articulação internacional fora da Venezuela.

Uma investigação realizada pela Agência Pública publicada em maio de 2024, mostra como o grupo já tinha atuação muito além da fronteira com o Brasil. Documentos da Polícia Civil de Roraima identificavam já uma articulação do Trem de Aragua com o PCC em estados como Santa Catarina, Paraná e Amazonas.

Mais detalhes da atuação do grupo na América do Sul foram revelados pela jornalista venezuelana Ronna Rísquez, que publicou o livro Tren de Aragua: la banda que revolucionó el crimen organizado en América Latina. Na publicação, ela relata como a organização formou também uma atuação com o PCC na Bolívia para fortalecer a rede de tráfico de drogas.

A publicação afirma que o grupo já atua em quase todos os países da América do Sul e tem também uma forte presença nos Estados Unidos. Um informe do Departamento de Segurança Nacional dos EUA indica que o Trem de Aragua tem integrantes em ao menos 16 estados do país.

Sequera afirma que um dos grandes agentes da expansão do grupo foi a própria migração. Com a crise econômica proporcionada pelo bloqueio dos EUA, milhões de venezuelanos deixaram o país, o que abriu uma lacuna para que o Trem de Aragua conseguisse entrar em outros territórios. Países que eram governados pela direita em 2019 formaram o Grupo de Lima, que incentivou a saída de pessoas da Venezuela. Esses governos chegaram a dizer que facilitariam a entrada de venezuelanos que quisessem migrar.

"O Trem da Aragua acompanha esse processo e se infiltra na migração, controlando a migração e fazendo parte do tráfico de migrantes, o que levou o grupo até o Chile. É um ciclo vicioso. As dificuldades econômicas levaram à saída de pessoas, o que beneficiou o Trem de Aragua, que passa a não só ter um acesso mais fácil a outros países como coordena a migração e passa a atuar também no tráfico de pessoas", diz.

Para o pesquisador, a desarticulação do grupo na Venezuela pelo governo é plausível, já que o Trem de Aragua tem uma estrutura "fragilizada".

"Eles não têm uma noção doutrinária como é o caso do PCC no Brasil. É algo mais parecido com o Comando Vermelho, que tem rachas e acaba sendo mais personalista e vulnerável para ser desarticulado", disse.

Editado por: Nicolau Soares
Tags: caracasvenezuela
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