O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convidou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra, a ser o primeiro líder estrangeiro a visitar Casa Branca.
O convite foi feito formalmente pelo republicano por meio de uma carta, cuja visita será realizada em 4 de fevereiro para "discutir como podemos levar a paz a Israel e seus vizinhos, além de esforços para combater nossos adversários mútuos".
"Será uma honra para mim recebê-lo como o primeiro líder estrangeiro [a visitar a Casa Branca] em meu segundo mandato", diz a carta.
Trump já havia dito que não está "confiante" que o cessar-fogo será duradouro. Segundo os termos da decisão, Israel e Hamas devem iniciar as iniciar em breve as conversas sobre um cessar-fogo duradouro, que muitos - incluindo o presidente estadunidense - acreditam que falhará.
O presidente dos EUA e o primeiro-ministro israelense já tiveram divergências. Mesmo assim, Israel permanece sendo o maior aliado dos EUA no Oriente Médio.
O enviado oficial de Trump para a região, Steve Witkoff, dialogou om Netanyahu dias antes do acordo ser negociado entre Hamas e Israel, em uma conversa descrita como "tensa".
Desde então, Trump autorizou a retomada no fornecimento de quase uma tonelada de bombas para Israel, provisão que havia sido suspensa pelo governo de Joe Biden por uso esmagador da força por Israel contra Gaza.
Netanyahu foi acusado pelo TPI por "utilizar a fome como método de guerra" e usar milhares de civis como alvos, durante as campanhas militares israelenses em Gaza. Todos os membros do TPI devem prender imediatamente Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, caso eles pisem em seus territórios. Isso inclui quase todos os países europeus.
Os EUA, no entanto, não faz parte do acordo. Os republicanos introduziram uma legislação que sancionaria o TPI contra os mandados de prisão contra Netanyahu e Gallant. Na última terça (28), os democratas derrubaram esta medida.
Deslocamento forçado de palestinos é "injustiça"
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, disse nesta quarta-feira (29) que qualquer deslocamento forçado de palestinos seria uma "injustiça da qual não podemos participar".
"Nunca poderá haver um acordo sobre os princípios fundamentais da posição histórica do Egito sobre a causa palestina", disse ele em referência à proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de transferir os palestinos de Gaza para o Egito e a Jordânia.
O líder egípcio disse que os princípios intangíveis de seu país incluem "o estabelecimento de um Estado palestino e a preservação de seus componentes essenciais, especialmente seu povo e seu território".
Acrescentou que está "determinado a trabalhar com o presidente Trump, que busca alcançar a paz desejada com base na solução de dois Estados", um israelense e um palestino.
*Com AFP e The Guardian
Edição: Leandro Melito