FUTURO POSSÍVEL

Ato por justiça climática ocorre nesta terça-feira (4) no centro do Rio

Mobilização é organizada pela Cúpula dos Povos Rumo à COP 30, que ocorre de 12 a 16 de novembro em Belém (PA)

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Mais de 400 movimentos populares e organizações da sociedade civil ao redor do mundo constroem a Cúpula dos Povos - Foto: Andréa Graiz

Nesta terça-feira (4), movimentos sociais, artistas e representantes de organizações internacionais, realizarão um ato simbólico para dar visibilidade às lutas por justiça climática, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro (RJ), a partir das 17h. A organização da atividade é da Cúpula dos Povos Rumo à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que ocorre em novembro na cidade de Belém, no Pará.

“Nosso ato é para reverberar nossas pautas sobre o avanço das mudanças climáticas. Estamos sentindo na pele as modificações do clima. Os projetos desenvolvimentistas avançam com a exploração predatória dos nossos bens naturais, e essa exploração tem acarretado consequências desastrosas para nós, principalmente para os povos do Sul Global. A seca na Amazônia e as enchentes no Sul do Brasil são exemplos reais da aceleração das mudanças climáticas”, explica Izabely Miranda, da direção nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), uma das organizações responsáveis pela Cúpula ao Brasil de Fato.

A mobilização da Cúpula dos Povos retoma o histórico brasileiro de receber grandes encontros nacionais com processos de organização protagonizados pela sociedade civil, como a Rio 92 e a Rio+20. Além do ato, a Cúpula dos Povos está realizando uma série de reuniões ao longo desta semana com a presença de representantes de países da África, Ásia, América e Europa. 

Segundo os organizadores, o encontro tem como objetivo principal traçar uma estratégia coletiva de mobilização para fortalecer a incidência global nas negociações climáticas, construir o caminho e calendário ao longo dos próximos 10 meses de ações conjuntas para fortalecer a incidência sob as metas e resultados da conferência e engajar populações locais, povos indígenas, comunidades originarias e tradicionais, atingidos por eventos climáticos extremos nesse processo. 

“É urgente que as grandes multinacionais, responsáveis por diversos crimes socioambientais, sejam responsabilizadas. Se elas não pararem, chegaremos ao ponto de não retorno. É fundamental priorizar a pauta climática”, ressalta Miranda.

Serviço:

Ato por Justiça Climática

Onde: Cinelândia, centro do Rio de Janeiro

Data: Terça-feira, 4 de fevereiro

Horário: 17h 

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Jaqueline Deister