O Brasil registrou 10 mortes por acidentes aéreos nas 21 ocorrências registradas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) em 2025. Todos os aviões envolvidos nos acidentes fatais neste ano eram de pequeno porte e executavam atividades agrícolas ou de transporte privado.
No mesmo período de 2024, 13 pessoas morreram em seis acidentes aéreos fatais no país. Segundo os dados do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), administrado pelo Cenipa, 2024 foi o mais letal no Brasil nos últimos dez anos em relação ao número de mortes por acidentes aéreos, com 152 vítimas - ultrapassando 2016, quando 104 pessoas morreram.
O acidente ocorrido nesta sexta-feira (7), no bairro da Barra Funda, região central de São Paulo (SP), ainda não está contabilizado dentro do Sipaer e só será incluído após o Cenipa concluir os primeiros relatórios sobre o caso. Duas pessoas que estavam a bordo do avião morreram carbonizadas, segundo o Corpo de Bombeiros.
Causas dos acidentes
Em relação à causa das ocorrências, dois em cada dez acidentes aéreos no Brasil foram provocados por falha ou mau funcionamento do motor das aeronaves. Dos 1.580 acidentes aéreos ocorridos no país desde 2015, 355 estão ligados a este fator, de forma isolada ou em conjunto com outras falhas.
Em seguida, estão perda de controle em voo, que causou 303 acidentes; excursão de pista (quando a aeronave ultrapassa os limites da pista durante pouso ou decolagem), com 290; perda de controle no solo, responsável por 153 dos casos; e operação em baixa altitude, com 126 acidentes.
As aeronaves privadas são as que mais se envolveram em acidentes nos últimos 14 meses, segundo o Cenipa. Dos 195 casos registrados, 71 tiveram aeronaves privadas envolvidas, resultando na morte de 54 pessoas. Os aviões agrícolas são a segunda categoria com mais acidentes. Foram 68 acidentes aéreos, com 13 mortes.
A aviação comercial, apesar dos dois acidentes registrados no período, é a mais fatal. Isso se deve à queda do avião da Voepass em agosto de 2024, que matou 62 pessoas.
Edição: Martina Medina
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