Na próxima quarta-feira (12), trabalhadores da Petrobras realizarão atos por todo o país em defesa do teletrabalho. A pressão é para a empresa abrir um canal de negociação com as entidades sindicais e garanta previsibilidade às pessoas que estão em formato remoto.
"O dia nacional de luta por nem um passo atrás no teletrabalho” foi convocado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e prevê atos nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Amazônia, São Paulo e na capital federal.
No estado do Rio de Janeiro, os atos foram convocados para o edifício sede da Petrobras, conhecido por Edisen, no Centro do Rio, às 12h30; no edifício Horta Barbosa (Edihb), localizado no bairro do Maracanã, às 12h30; na sede da Transpetro, no centro da capital, às 12h30; no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), na Ilha do Governador, às 7h; e no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, às 6h30.
A mobilização dos trabalhadores começou no dia 14 de janeiro, após a empresa anunciar que o regime híbrido de trabalho, que previa home office de três dias na semana, seria alterado para dois dias na semana a partir de abril. A mudança no regime impõe a gerentes e funcionários a necessidade de trabalhar três dias presencialmente.
Negociação
Na última sexta-feira (7) ocorreu uma reunião entre as representações sindicais, a Petrobras e a Transpetro. Apesar do diálogo, não houve o avanço esperado.
“Para nós é de suma importância haver uma regra negociada coletivamente de teletrabalho para que haja uma previsibilidade e que não siga havendo mudanças unilaterais da empresa. A Petrobras pediu três semanas para nos responder se haverá uma mesa de negociação sobre teletrabalho ou não”, relatou Cibele Vieira, diretora da Federação Única dos Petroleiros (FUP), à reportagem.
“A gente ressaltou a falta de cuidado com as pessoas. O RH [Recursos Humanos] não ter autorização para negociar é uma extrema falta de respeito, assim como a medida [do novo regime] de forma impositiva. Pedimos [na reunião] para que não fosse feito nenhum passo pela empresa até que se retorne a mesa de negociação”, destacou Tezeu Bezerra, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
O Brasil de Fato procurou a Petrobras para um posicionamento sobre a possibilidade de negociação junto às entidades sindicais. A empresa não respondeu até o fechamento da reportagem. O espaço segue aberto para a manifestação.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister
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