Defender os direitos do povo e a democracia, garantir a governabilidade do presidente Lula no Congresso e pavimentar as alianças para a reeleição em 2026. Essas são as prioridades dos parlamentares do Rio de Janeiro à frente das bancadas do PT e do Psol na Câmara dos Deputados. A pedido do Brasil de Fato, os deputados federais Lindbergh Farias e Talíria Petrone fizeram um balanço dos dois primeiros anos do governo e projetaram as lutas que estarão em pauta este ano.
Para Lindbergh (PT-RJ), serão decisivas as medidas que aliviam o preço dos alimentos e o bolso dos trabalhadores, como ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. “Estamos focados numa agenda positiva, que aumente a popularidade do nosso presidente, a exemplo, da isenção de IR até 5 mil, combater a inflação de alimentos e os juros altos”, disse.
A deputada Talíria (Psol-RJ), liderança da Federação Psol-Rede, afirmou que o papel na frente ampla é garantir, sobretudo, uma política econômica que invista nos direitos do povo. Nesse sentido, a revisão do imposto de renda é um importante legado do governo em um ano que será marcado por “colheitas”, como ela define.
“Depois de tempos tão duros, chegamos aos dois primeiros anos do governo Lula, na hora de colher frutos de um governo que conseguiu tirar 24 milhões de pessoas da pobreza, que conseguiu fazer o Brasil crescer mais de 3% enfrentando a semi estagnação do último período, que conseguiu fazer com que a gente chegasse ao menor índice de desemprego desde 2012”, declarou.
Agenda climática
Os parlamentares do Rio também elencaram os desafios colocados pela crise climática como tema da maior importância. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) acontece em novembro deste ano na capital Belém (PA). Pela primeira vez, o evento vai reunir as principais autoridades mundiais na Amazônia.
“Apresentar também uma agenda ambiental para que a COP 30 consiga entregar respostas concretas para o cenário de mudanças climáticas tão grave. Inclusive, apresentamos um projeto de lei para acabar com a renúncia fiscal de combustíveis fósseis. Medidas concretas são fundamentais para enfrentar esse quadro”, defende Talíria.
Extrema direita
Os atos golpistas de 8 de janeiro completaram dois anos. A invasão do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto antecedeu a tentativa de golpe. O plano, segundo as investigações depois revelaram, era assassinar ministro Alexandre de Moraes, Lula e o vice-presidente Alckmin para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após sua derrota em 2022.
“Seguiremos firmes em defesa da democracia e contra toda e qualquer projeto de anistia aos golpistas. Este ano será decisivo para o cenário de 2026. Teremos a denúncia, julgamento e prisão de Jair Bolsonaro. A oposição sabe que enfrentará um momento de defensiva política. Nós vamos para cima em defesa do nosso projeto e do povo brasileiro”, projeta a liderança do PT na Câmara Lindbergh Farias.
“Estou convicta da importância de derrotar a extrema-direita, de avançar com uma agenda climática e econômica para o Brasil que garanta direitos do povo”, conclui a deputada federal do Psol-RJ.